“Professores estão angustiados”, diz Sintego após retomada de aulas presenciais em Goiânia
Sindicato quer que todos os servidores tenham imunização completa contra a Covid para a continuidade das aulas presenciais
Após 17 meses no sistema virtual, Goiânia retomou as aulas presenciais na rede municipal nesta segunda-feira (16). Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), os professores estão angustiados com o retorno, já que muitos profissionais ainda não tomaram a segunda dose da vacina contra a Covid-19. Por outro lado, a Prefeitura diz que o retorno foi tranquilo, marcado por entusiasmo e proteção.
Mesmo no modelo híbrido, de revezamento de alunos, com 50% da capacidade das unidades escolares e testagem de profissionais semanalmente, os servidores da Educação estão preocupados com o retorno presencial.
O que diz o Sintego sobre a retomada de aulas presenciais em Goiânia
“Não tem nada de tranquilidade, está todo mundo preocupado. Pode ter sido tranquilo por não ter aglomeração, mas o momento é de muita angústia e preocupação. A gestão determinou a volta e os servidores acataram por não ter outra alternativa, mas todos estão com medo”, disse a presidente do Sintego, Bia de Lima.
De acordo com ela, o Sintego pede que as aulas presenciais sejam novamente suspensas e só retomem após a vacinação completa de todos os servidores da Educação. “Alguns já tomaram a segunda dose, mas outros não. Nossa preocupação é justamente com aqueles que ainda não receberam o reforço dos imunizantes”, afirmou.
Apesar da retomada presencial, a diarista Lorena Almeida optou por não levar a filha para a escola, nesta segunda-feira (16). “Preferi não levar porque acho que não é o momento. Estou bastante preocupada com a contaminação e moramos com a minha mãe idosa. Para evitar qualquer possibilidade de contágio, decidi não levá-la”, disse a mulher.
Prefeitura diz que retomada de aulas presenciais em Goiânia tem empolgação e precaução
Segundo a Prefeitura de Goiânia, alunos, professores e famílias se uniram em um misto de empolgação e precaução para a volta segura nas instituições. Além da capacidade de 50% das unidades, a gestão afirma que as escolas estão seguindo protocolos para evitar aglomerações, com demarcações de distanciamento, uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), máscara de proteção facial e álcool em gel.
Luciane Alves, mãe de duas crianças de 7 e 9 anos, vê a retomada com felicidade e alívio. A atendente relatou que as aulas remotas foram feitas com dificuldade e que os filhos não viam a hora de retornar.
“Ele estava muito feliz, tanto que acordou cedo, nem precisou de despertador, tomou banho, escovou os dentes. Está animado e sorrindo o tempo todo, feliz de voltar para a escola. Comprei todos os equipamentos de proteção e orientei que não pode emprestar, nem compartilhar e nem pegar emprestado objetos de ninguém. Acho muito bom o retorno”, completou.