Projeto forma primeira turma de refugiados de Cuba e Venezuela que vivem em Goiânia
O treinamento foi dividido em três módulos: segurança do trabalho, legislação trabalhista e capacitação na função
O programa “Conectando Fronteiras” formou, nesta quinta-feira (24/10), a primeira turma de refugiados e migrantes que vivem em Goiânia. Ao todo, 9 refugiados vindos, principalmente de Cuba e da Venezuela, concluíram o treinamento que visa promover a inclusão, empregabilidade e integração socioeconômica de migrantes e pessoas em situação de refúgio.
O treinamento foi dividido em três módulos: segurança do trabalho, legislação trabalhista e capacitação na função, com uma carga horária total de 160 horas de aulas teóricas e práticas.
De acordo com a gerente de Desenvolvimento Humano e Organizacional da JSL, Bianca Furlan, a companhia busca tornar o ambiente diverso na inclusão e no desenvolvimento profissional de refugiados e migrantes.
“Com essa edição, já temos 28 funcionários em situação de refúgio ou migrantes, a maioria vinda de países como Venezuela, Cuba, Haiti, Guiné Bissau e Costa do Marfim. Queremos oferecer um ambiente onde as diferenças se completam e os talentos são valorizados. Em 2021, criamos o Mulheres na Direção, com o objetivo de capacitar mulheres para atuarem no setor de logística, e agora nosso foco também será no desenvolvimento e profissionalização dos refugiados e migrantes”, afirmou ela.
Fórum Empresas com Refugiados
Além disso, a JSL também se tornou uma empresa participante do Fórum Empresas com Refugiados, uma iniciativa da Agência da ONU para Refugiados e do Pacto Global da ONU Brasil. O Fórum é formado por empresas e outros tipos de organizações empresariais interessadas em apoiar a inclusão de pessoas refugiadas no mercado de trabalho.
Segundo dados do ACNUR, existem mais de 130 milhões de refugiados no mundo, dos quais 731 mil estão no Brasil. Apenas no ano passado, 77.193 novas pessoas foram reconhecidas refugiadas pelo governo brasileiro. Desse total, 97,5% eram migrantes vindos da Venezuela e outros 1,2% eram de cubanos. Atualmente, o Brasil abriga pessoas refugiadas de 163 países.