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Progressão de carreira não atinge todos os servidores da Educação e Saúde, afirmam Sindicatos

Vitória parcial. Esse é o sentimento do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no…

Vitória parcial. Esse é o sentimento do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde) e do Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed). Isso porque o decreto que garante a progressão horizontal para servidores da Saúde e da rede municipal de Educação não atinge todos os colaboradores, segundo as entidades. Medida foi publicada nesta segunda-feira (1º), no Diário Oficial.

Conforme versa o texto, 5.935 professores e outros 2.362 servidores da Saúde municipal serão beneficiados. No entanto, de acordo com o vice-presidente do Sindsaúde, Ricardo Manzi, a progressão não contempla mais de 2 mil funcionários da Saúde. À entidade, a Prefeitura alegou que, possivelmente, estes profissionais possuem algumas pendências. Assim que normalizadas, haverá nova publicação com todos os colaboradores beneficiados.

“Nosso estranhamento é pela quantidade de pessoas não atingidas. Pode ser que algumas tenham ficado sem a avaliação, mas o número apontado é muito alto. Várias reclamações já chegaram até o sindicato, inclusive de servidores que não possuem pendência alguma. Por que a categoria não foi atingida em sua totalidade?”, disse. Segundo ele, a entidade recebe as denúncias, avalia cada caso e envia as demandas à gestão municipal.

A progressão para servidores da Saúde é prevista no plano de carreira da categoria desde 2010, após acordo entre os trabalhadores e a Prefeitura. Apesar disso, os profissionais não foram contemplados em 2016 e 2018.

Com o decreto, há a possibilidade de progressão em letras, sistema que vai do caractere A até o O. Para isso, considerá-se o tempo de efetivo exercício no cargo, participação no Programa de Saúde do Trabalhador e avaliação positiva de desempenho durante o período. O salário aumenta, em média, 6,12% a cada nível avançado, os quais são representados pelas referida sequência de letras do alfabeto. A novidade garante aos trabalhadores o acesso aos benefícios retroativos não concedidos.

Educação

O problema do benefício concedido aos servidores da Educação é semelhante aos colaboradores da Saúde. Segundo o coordenador geral do Simsed, Antônio Gonçalves, os funcionários técnico-administrativos não foram contemplados. “Há vários anos essa progressão esteve parada. Agora que foi reativada não contemplou estes trabalhadores. O funcionamento da Educação dependem diretamente deles. Nossa luta é pelo direito de todos da categoria”, afirmou.

No caso dos servidores daEeducação, de acordo com Antônio, a progressão também é feita a cada três anos e acarreta acréscimo de 2% ao salário. A possibilidade de progresso de uma letra a outra se dá mediante a realização de cursos de no mínimo 40h. Para ele, a situação contribui para a falta de motivação dos profissionais quanto ao aperfeiçoamento e qualificação. “A gente sabe que a Educação funciona com base na atualização e qualificação dos profissionais. O não cumprimento dos direitos faz com que os servidores se sintam desvalorizados e não busquem aperfeiçoamento”, criticou.

O Mais Goiás tentou contato com a Prefeitura para verificar a situação de profissionais não contemplados, mas as ligações não foram atendidas.