Projeto do Araguaia é modelo para programa nacional de proteção das bacias
Caiado lançou o programa 'Juntos Pelo Araguaia' na última sexta-feira, em Piranhas
“Este é o maior projeto de recuperação ambiental do mundo”. Foi assim que o governador Ronaldo Caiado (DEM) classificou o projeto de revitalização do rio Araguaia lançado na última sexta-feira. Caiado estava ao lado do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, que disse, em alto e bom som, que o programa desenvolvido por Goiás e Mato Grosso (com a participação do governo federal) vai inspirar a política de preservação de todas as outras bacias hidrográficas do Brasil.
O programa conta com investimento de R$ 7 milhões. A etapa atual da proposta engloba a recuperação de 10 mil hectares de vegetação – 5 mil pelo lado goiano do rio, com o envolvimento de 16 municípios, e 5 mil pelo matogrossense, com 12 municípios. A execução será feita pelo Instituto Espinhaço, em parceria com os governos de Goiás e de Mato Grosso.
A etapa ainda prevê a plantação de 150 mil mudas.
O lançamento aconteceu em Piranhas, município do oeste goiano. No mesmo evento, o governo federal lançou o programa nacional de preservação das bacias, inspirado no trabalho de Caiado e Mauro Mendes.
Caiado disse que as parcerias foram fundamentais para o desenvolvimento da ação, já que, a partir do lançamento, realizado em julho do ano passado, o governo federal assumiu o ônus de bancar R$ 3 milhões para subsidiar os estudos que culminaram com a primeira atividade prática na fazenda Buriti Alto, do produtor rural Omar Paula.
“Vamos mostrar ao mundo que nós, além de produzirmos bem, temos a maior reserva de água doce do planeta. Goiás e Mato Grosso saem na frente na preservação da mata, do Cerrado, dos nossos rios e matas ciliares”, afirma Caiado.
Para o ministro Rogério Marinho, as duas iniciativas – a específica do Araguaia e a que inclui as bacias hidrográficas de todo o País – atendem a um anseio da população: unir sustentabilidade e respeito ao meio ambiente, com inclusão de pessoas no processo produtivo. “Não podemos preservar sem nos lembrar que a centralidade são os seres humanos, os brasileiros e brasileiras que habitam toda a extensão do nosso território e que precisam ser vistos com inclusão no desenvolvimento sustentável”.