OPORTUNIDADE

Projeto pode gerar 120 vagas de trabalho no complexo prisional de Aparecida (GO)

Poder Judiciário, Conselho Comunitário de Segurança, empresários e Diretoria-Geral de Administração Penitenciária se reúnem para discutir projeto

Projeto pode gerar 120 vagas de trabalho no complexo prisional de Aparecida (GO)(Foto: Divulgação - DGAP)

Membros do Ministério Público de Goiás (MPGO) fizeram uma reunião para articular ampliação em 120 vagas de trabalho no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. O encontro reuniu representantes do Poder Judiciário, da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) da capital e empresários para implementação do projeto Estruturar para Humanizar

De acordo com a subprocuradora geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Laura Maria Ferreira Bueno, a ideia é estabelecer uma coordenação coletiva para o desenvolvimento do projeto para instalação do Módulo de Respeito II na Penitenciária Odenir Guimarães (POG) e ampliação das vagas de trabalho em 120.

MPGO se reuniu com empresários, direção do presídio e Poder Judiciário para discussão de projeto (Foto: João Sérgio Araújo/Comunicação-MPGO)
MPGO se reuniu com empresários, direção do presídio e Poder Judiciário para discussão de projeto (Foto: João Sérgio Araújo/Comunicação-MPGO)

A apresentação do projeto Estruturar para Humanizar foi feita pelo promotor de Justiça André Luís Ribeiro Duarte que além de apoiar a implementação do projeto, foi seu idealizador. André afirma que a iniciativa tem como objetivo o desenvolvimento de parceria institucional para execução de ações integradas voltadas à estruturação dos órgãos de segurança pública.

MPGO, Poder Judiciário e empresários do ramo de vestuário apoiam ampliação de vagas

Na reunião, que ocorreu na última quinta (24), a juíza Telma Aparecida Alves, da Vara de Execução Penal de Goiânia e o promotor de Justiça Fernando Krebs, que responde pela 25ª Promotoria de Goiânia, com atribuição na execução penal, também manifestaram apoio ao projeto.

Os coordenadores das Áreas de Direitos Humanos e Políticas Públicas do Centro de Apoio Operacional do MPGO, Tamara Andréia Botovchenco Rivera, e Criminal, Felipe Oltramari, assim como a coordenadora de Projetos Institucionais, Sandra Mara Garbelini, também estiveram presentes na reunião.

POG aponta que seriam necessários investimento de R$ 80 mil para construção de novos alojamentos e reforma

Uma pesquisa realizada pela direção da POG aponta que serão necessários aproximadamente R$ 80 mil para construção dos novos alojamentos e reforma de parte da estrutura já existente. Representantes de quatro empresas goianas de vestuário estiveram presentes e manifestaram o interesse na ampliação das suas operações dentro do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.

A empresária Aline Aguiar apresentou um balanço considerando o custo que o Estado tem por presos, a contrapartida paga pela sua empresa, mais a remição de pena e a construção de vagas. Para Aline, os projetos de ressocialização são bons para ambos os lados: Estado e empresa.

“Para a empresa, o benefício é não ter o passivo trabalhista e a facilidade de captação de mão de obra. Quando você tem um espaço como a CPP, com 3 mil presos, você tem um universo grande de captação e com mão de obra de qualidade. Não é porque eles estão presos que eles não sabem trabalhar. Eles trabalham muito bem, com qualidade e assiduidade”, declarou.

Outro empresário do ramo que já atua no complexo prisional, Fernando Marcondes contou que emprega dez custodiados há três anos e que tem intenção de triplicar esse número, mas que precisaria de mais espaço físico para crescer. O empresário Cláudio Schawaderer declarou que conta com o trabalho de 60 presos. “Eu sou entusiasta desse projeto. Comecei há 17 anos e tenho orgulho”, reforçou.