Projeto pode gerar 120 vagas de trabalho no complexo prisional de Aparecida (GO)
Membros do Ministério Público de Goiás (MPGO) fizeram uma reunião para articular ampliação em 120…
Membros do Ministério Público de Goiás (MPGO) fizeram uma reunião para articular ampliação em 120 vagas de trabalho no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. O encontro reuniu representantes do Poder Judiciário, da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) da capital e empresários para implementação do projeto Estruturar para Humanizar
De acordo com a subprocuradora geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Laura Maria Ferreira Bueno, a ideia é estabelecer uma coordenação coletiva para o desenvolvimento do projeto para instalação do Módulo de Respeito II na Penitenciária Odenir Guimarães (POG) e ampliação das vagas de trabalho em 120.
A apresentação do projeto Estruturar para Humanizar foi feita pelo promotor de Justiça André Luís Ribeiro Duarte que além de apoiar a implementação do projeto, foi seu idealizador. André afirma que a iniciativa tem como objetivo o desenvolvimento de parceria institucional para execução de ações integradas voltadas à estruturação dos órgãos de segurança pública.
MPGO, Poder Judiciário e empresários do ramo de vestuário apoiam ampliação de vagas
Na reunião, que ocorreu na última quinta (24), a juíza Telma Aparecida Alves, da Vara de Execução Penal de Goiânia e o promotor de Justiça Fernando Krebs, que responde pela 25ª Promotoria de Goiânia, com atribuição na execução penal, também manifestaram apoio ao projeto.
Os coordenadores das Áreas de Direitos Humanos e Políticas Públicas do Centro de Apoio Operacional do MPGO, Tamara Andréia Botovchenco Rivera, e Criminal, Felipe Oltramari, assim como a coordenadora de Projetos Institucionais, Sandra Mara Garbelini, também estiveram presentes na reunião.
POG aponta que seriam necessários investimento de R$ 80 mil para construção de novos alojamentos e reforma
Uma pesquisa realizada pela direção da POG aponta que serão necessários aproximadamente R$ 80 mil para construção dos novos alojamentos e reforma de parte da estrutura já existente. Representantes de quatro empresas goianas de vestuário estiveram presentes e manifestaram o interesse na ampliação das suas operações dentro do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia.
A empresária Aline Aguiar apresentou um balanço considerando o custo que o Estado tem por presos, a contrapartida paga pela sua empresa, mais a remição de pena e a construção de vagas. Para Aline, os projetos de ressocialização são bons para ambos os lados: Estado e empresa.
“Para a empresa, o benefício é não ter o passivo trabalhista e a facilidade de captação de mão de obra. Quando você tem um espaço como a CPP, com 3 mil presos, você tem um universo grande de captação e com mão de obra de qualidade. Não é porque eles estão presos que eles não sabem trabalhar. Eles trabalham muito bem, com qualidade e assiduidade”, declarou.
Outro empresário do ramo que já atua no complexo prisional, Fernando Marcondes contou que emprega dez custodiados há três anos e que tem intenção de triplicar esse número, mas que precisaria de mais espaço físico para crescer. O empresário Cláudio Schawaderer declarou que conta com o trabalho de 60 presos. “Eu sou entusiasta desse projeto. Comecei há 17 anos e tenho orgulho”, reforçou.