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Prometido para julho, projeto de requalificação do centro de Goiânia segue sem data

Representantes do setor produtivo em Goiânia estão esperançosos para verem na próxima segunda-feira (14), durante…

Representantes do setor produtivo em Goiânia estão esperançosos para verem na próxima segunda-feira (14), durante a reunião do Fórum de Entidades Empresariais de Goiás, na sede da OCB, os detalhes do projeto de requalificação do centro da capital, prometido pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos) para ser apresentado em julho.

O projeto, no entanto, entrará a partir da próxima semana numa fase de “encontros segmentados”, com intenção de ouvir “associações e representantes empresariais com atuação na região” para discutir as soluções. Se antes o documento deveria ser apresentado ainda em julho, agora o Paço Municipal já fala em alguma data “dentro do segundo semestre”.

O projeto de Rogério Cruz pretende resolver problemas crônicos da região central de Goiânia. O gestor, em entrevista ao Mais Goiás concedida no mês passado, prometeu apresentar detalhes do texto ainda em julho, mas alguns pontos colocaram entraves e dificultaram o cumprimento do prazo.

Um dos pontos mais sensíveis, conforme apurado pelo portal, estava na proposta de pedestrianização de vias do centro da cidade. A ideia é fechar algumas rotas da região e restringir o trânsito de veículos, motos, priorizando pedestres, bicicletas e transporte coletivo. Os estudos de impactos focam no trecho da Avenida Anhanguera, entre a Rua Araguaia e a Tocantins.

Há outras vias que podem entrar no escopo do projeto, como a Rua 8. Com forte tendência para lazer e cultura, a ideia é fechar a via em horários específicos e finais de semana. A medida polêmica, pode trazer benefícios a longo prazo, acreditam empresários e especialistas em mobilidade urbana.

A prefeitura também aposta na redução e desoneração de tributos ao setor produtivo. Alíquotas e índices devem ser apresentados na reunião, mas Rogério Cruz acredita serem suficientes para estimular que empresas voltem a operar no centro da cidade. Nesse sentido, há um forte desejo do Poder Público em estimular a criação de Polos Educacionais, como já existiu na região até a década de 90.

Outro ponto é fazer com que o centro seja um ponto gastronômico da cidade. Já há ali sanduicherias e pizzarias tradicionais, cantinas e bons restaurantes populares. “Não há nada de outro mundo nessa reformulação. Precisamos apenas que o poder público estimule o que já existe e que os moradores do centro e de outras regiões voltem a ocupar espaços já existentes”, destacou um empresário ao portal.

O Poder Municipal ainda vai submeter o documento para a análise “validação do Conselho Municipal de Preservação de Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de Goiânia, que conta com membros da sociedade civil organizada”, de acordo com a Secretaria Municipal de Finanças.