Promotor pede prisão provisória a PM suspeito de estuprar duas meninas
Audiência de custódia acontece nesta sexta-feira e policial pode ser solto. “Pedimos por achar necessário, com respaldo na legislação. O magistrado tem toda a liberdade para acatar ou não”; modalidade de reclusão não tem limite de tempo para expirar
O promotor de Justiça Fabrício Lamas Borges pediu que a prisão em flagrante do policial militar Cristiano Silva de Macena fosse convertida em prisão preventiva. Major da Polícia Militar (PM) e comandante da Companhia de Patrulhamento Especializado (CPE), ele é suspeito de estuprar uma menina de 11 anos e outra 12, na noite de quarta-feira (23), em Rio Verde.
Conforme o membro do Ministério Público de Goiás (MPGO), a legislação prevê que o juiz pode tomar a iniciativa fazer a modificação da prisão na audiência de custódia, que está marcada para esta sexta-feira (25). Segundo Fabrício, o MPGO se antecipou devido a periculosidade do caso e por haver indícios do policial estar comprometendo provas. De acordo com o promotor, ele não teria apresentado o celular.
O promotor explica, ainda, que caso, não seja convertida a prisão em flagrante para a preventiva, o suspeito poderá ser solto na audiência de custódia – com a preventiva não há prazo para a soltura. “Pedimos por achar necessário, com respaldo na legislação. O magistrado tem toda a liberdade para acatar ou não”, pondera.
Acerca do ato criminoso, Fabrício faz questão e ressaltar que trata-se de crime comum, que será julgado na Justiça estadual. “Não está sendo processado por ser policial. A PM é uma corporação que trabalha muito, com uma multidão de profissionais honestos.”
Sobre o caso em si ele prefere não especular. “Ainda é um pouco cedo. É necessário continuar a investigação e a Polícia Civil tem feito isso de forma brilhante, extremamente rápida e com muita qualidade”, conclui.
Suspeito de estupro
O crime aconteceu na noite de terça-feira (22). De acordo com a Polícia Civil, um homem encapuzado pulou o muro da casa onde as adolescentes moravam, amarrou a avó e levou as meninas para um outro imóvel, onde o estupro teria acontecido. Em seguida, elas foram deixadas perto de uma escola. A PC apura o caso em sigilo e não confirmou a identidade do suspeito.
Câmeras de segurança registraram o momento em que Cristiano entrou e saiu do bairro em uma caminhonete de cor marrom. Nas imagens foi possível identificar que o mesmo veículo estava com placas diferentes no momento da entrada e da saída, o que indica que havia sido adulterada.
O Major pode responder pelos crimes de sequestro qualificado e estupro de vulnerável.