Goiás e outros estados

Proprietários de postos são investigados por envolvimento com ladrões de combustíveis

Operação na prisão de oito homens que integram quadrilha que atua em todo o Brasil

Quadrilha pode ter gerado prejuízo de até R$ 80 milhões em 10 anos (Foto: Divulgação - PC)

Proprietários de postos são investigados por envolvimento com ladrões de combustíveis em diferentes estados do Brasil. Empresários deverão responder por receptação e associação criminosa. Operação deflagrada nesta terça-feira (22) prendeu oito pessoas apontadas como integrantes da quadrilha.

Investigações conduzidas pela Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decar) apontam que a quadrilha agia há pelo menos 10 anos no Nordeste, em Minas Gerais, Tocantins e Goiás. Prejuízo estimado é de R$ 80 milhões, obtido principalmente com o roubo de combustíveis.

Recentemente, o grupo criminoso saiu do Rio Grande do Norte e montou sua base de operações em Goiás. As informações são do delegado Alexandre Bruno, titular da Decar.

Operação em Goiás - policial cumpre mandados de busca e apreensão
Oito pessoas foram presas suspeitas de integrarem quadrilha (Foto: Divulgação – PC)

“Com o apoio dos colegas de outras corporações, nós identificamos, ao longo de alguns meses, toda a quadrilha, prendemos hoje os responsáveis diretos pelos roubos, todos praticados com armas de fogo e mediante extrema violência”, afirmou o investigador.

Receptação: proprietários de postos são investigados pela compra de combustíveis roubados

Agora, segundo ele, a Polícia Civil junta provas para pedir a prisão de pelo menos oito donos de postos de Goiás que compravam combustíveis roubados.

Olheiros informavam sobre operações policiais que poderiam comprometer o grupo

Áudios interceptados pela polícia com autorização judicial mostram que os assaltantes tinham olheiros, que informavam os comparsas sobre a presença de bloqueios nas rodovias.

Dois dos presos na operação de hoje, segundo o titular da Decar, são de altíssima periculosidade. Eles fizeram ameaças de morte a policiais do Rio Grande do Norte que estavam investigando a quadrilha.

Nomes e idades dos oito presos não foram divulgados. Eles foram indiciados por roubo, receptação, e associação criminosa.