Protestos devem marcar o Dia da Mulher em Goiânia
Mais de 50 países participam da Greve Internacional das Mulheres
O dia 8 de março terá manifestações em aos menos 50 países para relembrar a importância da luta por direitos iguais. No Brasil, a partir do movimento de mulheres argentinas Ni Una Menos, protestos serão realizados em parceria com a Greve Internacional das Mulheres.
De acordo com a organização, o objetivo é reconhecer o “enorme valor que mulheres de todas as áreas acrescentam ao nosso sistema econômico-social, enquanto recebem salários mais baixos e experienciam mais injustiças, discriminação, assédio sexual e insegurança trabalhista”.
A participação é incentivada com paralisação total ou parcial do trabalho no comércio e com uso de roupas vermelhas ou roxas. As hashtags #EuParo, #ParadaBrasileiraDeMulheres e #8MBR divulgam o apoio.
Goiânia
A marcha 8M Goiás, com apoio do Fórum Goiano de Mulheres, Centro Popular da Mulher (CPM), Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (ADUFG), Sindsaúde, Sindicato dos Professores do Estado de Goiás (SINPRO) e diversos outros movimentos, terá saída às 11h. O trajeto será do Coreto da Praça Cívica à Praça do Bandeirante, no Setor Central. A pauta central será a oposição à Reforma da Previdência.
Outra manifestação será a Parada das Mulheres, com início às 15h no Instituto Federal de Goiás, saindo às 18h da Praça do Bandeirante em direção à Praça Universitária, onde será realizado um ato cultural. São esperadas cerca de 3 mil mulheres. Para a mestranda em Arte e Cultura da Universidade Federal de Goiás (UFG) Mirna Anaquiri, o objetivo “é denunciar as muitas formas de violência com que nós, mulheres indígenas, negras, e todas as mulheres da sociedade, somo agredidas diariamente e durante toda as nossas vidas”. O assassinato de Ana Clara em fevereiro desde ano estará entre as discussões do grupo.
“Esse evento contribui para construir uma luta, emancipando mulheres. É um lugar de possibilidades, de descer do ônibus, sair da aula, de levar as crianças para a rua. É um momento para que possamos ser ouvidas, que não vamos mais admitir nenhum silenciamento e principalmente não vamos admitir nenhum direito a menos”, explica Mirna. “Nós dispensamos as flores. O que a gente exige é o nosso direito ao respeito e um mundo sem violência”.