MORREU DURANTE EXAME

Psicóloga começou a passar mal 30 segundos após aplicação do contraste, indica relatório

A clínica divulgou uma nota oficial explicando que a reação que a jovem pode ter sofrido é extremamente rara

O relatório médico sobre a morte da psicóloga Bruna Nunes de Faria, de 27 anos, relata que ela começou a passar mal cerca de 30 segundos depois da aplicação do contraste. Ela começou a sentir os efeitos entre 9h30 e 9h40 e a morte foi constatada às 10h09, do último dia 21. Bruna fez o exame no Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI) Unidade II, situado no Setor Marista, em Goiânia. A clínica divulgou uma nota oficial lamentando a morte da jovem e explicando que a reação que ela pode ter sofrido ao contraste para fazer uma ressonância magnética é extremamente rara.

De acordo com a clínica, assim que Bruna começou a passar mal, o exame foi interrompido e a paciente foi levada para a sala de recuperação. Ela, então, teve uma “piora clínica súbita”. Os médicos chamaram uma ambulância e tentaram manobras de reanimação, mas ela não resistiu.  

“O contraste para exames de imagem utilizado em Bruna é um medicamento seguro, tendo reações graves em menos de 0,01% dos pacientes”, informa o texto. “Qualquer perda humana é irreparável e a equipe do CDI lamenta a fatalidade que aconteceu (…). Nossas prioridades máximas são a segurança de nossos pacientes e a qualidade no atendimento”, diz a nota.

Embora exista a suspeita de que a morte da psicóloga tenha sido causada por uma reação ao contraste, o laudo que vai determinar a causa da fatalidade só deve ficar pronto na próxima semana.

Entenda caso de psicóloga que morreu durante exame

De acordo com a mãe de Bruna, Jane Alves de Souza, a filha teve dois AVCs há cerca de 50 dias. A jovem fez uma bateria de exames para descobrir a causa. Entre eles, outros procedimentos com contraste. Mas nunca tinha se sentido mal.

“Na hora que aplicou o contraste, ela falou assim: ‘Estou passando mal’, e começou a tossir. Eles a tiraram rápido, no colo. Eu fui junto para esse quartinho com ela e falei ‘pelo amor de Deus, o que está acontecendo com a minha filha?’. E já veio uma moça e aplicou uma injeção nela e ela [Bruna] falou: ‘Estou sem ar’. Foi a última palavra que ela falou”, desabafou a mãe.

O delegado responsável pelo caso, Kleyton Manoel, informou que não vai comentar sobre as investigações no momento.

Veja a nota completa da clínica:

Qualquer perda humana é irreparável e a equipe do CDI lamenta a fatalidade que aconteceu com Bruna Nunes de Faria em nossas dependências, na última quarta-feira (21).

Nossas prioridades máximas são a segurança de nossos pacientes e a qualidade no atendimento.

O contraste para exames de imagem utilizado em Bruna é um medicamento seguro, tendo reações graves em menos de 0,01% dos pacientes.

Bruna recebeu todos os cuidados médicos tanto durante a preparação para o exame quanto para a situação de emergência, sendo atendida por uma equipe completa de profissionais de saúde, composta por cardiologista, radiologista, enfermeiros e técnicos.

O procedimento de socorro foi realizado por nossa equipe interna, extremamente capacitada e treinada para tais situações, que, concomitantemente, acionou a equipe de UTI externa.

A nossa clínica possui equipamentos de última geração, tanto para a realização de exames quanto para atendimento em casos de emergência. No momento necessário, todos estavam à disposição e foram utilizados pela equipe.

Esta nota visa informar que a equipe CDI aguarda o resultado do laudo que vai determinar a causa da fatalidade e, também, transmitir os nossos sinceros sentimentos e solidariedade com os familiares e amigos de Bruna, seguindo à disposição