CRIME

Quadrilha que roubava homens após atraí-los para encontros em Goiás e DF é presa

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desarticulou, na última terça-feira (3), uma quadrilha de…

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) desarticulou, na última terça-feira (3), uma quadrilha de criminosos que aplicava golpes em homens (a maioria homossexuais) do DF e de municípios goianos que ficam no Entorno.

O delegado Leandro Ritt, responsável pelo caso, afirma que, dos sete suspeitos, quatro estão presos e três deles foram interrogados e confessaram participação no esquema. O grupo agia em aplicativos de relacionamento, mas a polícia não especificou quais.

A investigação levantou, até agora, a possibilidade de que pelo pelos 40 crimes tenham sido cometidos pelo grupo. Dez estão confirmados, até o momento. Uma das vítimas é de Goiás e duas são do DF. Apenas uma dessas pessoas registrou boletim de ocorrência, e por isso há dificuldade em se levantar mais informações sobre a quadrilha.

O delegado afirma que a quadrilha era seletiva na escolha dos alvos e conseguiu subtrair quantias vultosas de dinheiro. “Os valores subtraídos variavam da capacidade financeira das vítimas, chegando, em alguns casos, a R$ 25 mil”, detalha o investigador. “O líder, de 26 anos, durante interrogatório, afirmou que escolhia, como vítimas, quem, preferencialmente, postava fotografias com celulares IPhone”.

O grupo atuava há dez meses, pelo menos. As vítimas eram atraídas para encontros sexuais em casas em Santa Maria e no Novo Gama (GO), onde eram imobilizadas pelo líder da quadrilha, com ajuda da namorada.

Forma de agir da quadrilha

No instante em que chegavam ao local marcado para o encontro, as vítimas eram rendidas pelos criminosos, amarradas com cabos e fios e deitadas em colchões, com o rosto para baixo. O grupo utilizava uma faca e um simulacro de arma para intimidá-las.

As vítimas eram obrigadas a fornecer senhas dos celulares e dos aplicativos bancários, dos quais eram retirados valores via transferência por PIX e por máquinas de cartões, fornecidas por outro integrante do grupo. Após serem liberadas, as vítimas eram orientadas pelos criminosos, em caso de registro de ocorrência, a apresentar informações falsas.

Nos primeiros meses, o líder da quadrilha utilizava a própria casa, em Cidade Ocidental (GO), para marcar os encontros. Depois, o grupo passou a usar residências alugadas. A filha do dono de uma imobiliária do Entorno passou a integrar o grupo. Ela fornecia as chaves dos locais, mediante pagamento de 10% da quantia roubada.

Além dos valores em dinheiro, os celulares das vítimas eram repassados para outro membro do grupo, dono de uma banca na Feira de Santa Maria. Ele teria ensinado o líder da quadrilha a desabilitar o iCloud— sistema de armazenamento em nuvem dos celulares Iphone.