Quadrilha que roubou pelo menos seis bancos em Goiás, Pará e Tocantins é condenada
A justiça condenou uma quadrilha que realizou, pelo menos, seis assaltos a bancos em três…
A justiça condenou uma quadrilha que realizou, pelo menos, seis assaltos a bancos em três Estados entre os anos de 2015 e 2016. Ao todo, sete pessoas foram condenadas por penas diferentes, que variam entre cinco e 19 anos de prisão. Foi determinado, ainda, que nenhum deles poderá recorrer em liberdade e que as penas devem ser cumpridas em regime fechado para seis deles.
Foram condenados: Azenilton José da Costa (17 anos e cinco meses), Daniel Xavier da Silva (19 anos e oito meses), Hugo Sérgio Borges(16 anos e 10 meses), Lucas Alcântara Santos de Souza (16 anos e 10 meses), Rafael Marcelo de Souza (15 anos e oito meses), Welles Desiderio De Sousa (cinco anos e 10 meses) e Wilbon Desiderio De Sousa (16 anos e 10 meses).
De acordo com a juíza responsável pelo caso, Placidina Pires, as sentenças foram agravadas, porque os réus estabeleceram o “medo e terror” na região norte do Estado. Além disso, foram qualificadas de forma “máxima, porque o bando agia disposto a matar”, ressaltou a magistrada.
A quadrilha
A decisão, que possui 278 páginas, revela que o primeiro passo da organização criminosa foi o roubo a uma carga de explosivos de uma mineradora em Barro Alto, em outubro de 2015. A partir daí, eles realizaram assaltos a bancos nos municípios goianos de Nova Crixás, São Miguel do Araguaia, Mara Rosa, Cavalcante e Santa Terezinha de Goiás. Além disso, há envolvimento da quadrilha em roubos realizados em Santana do Araguaia (PA) e Araguaçu (TO).
O grupo ficou conhecido na região norte de Goiás como o “Novo Cangaço”, dada a forma violenta com a qual cometia os crimes. Consta nos autos que eles chegavam sempre à noite em cidades pequenas do interior. No local, eles rondavam em motos, fazendo disparos para cima com armas de alto calibre. Eram efetuados tiros, também, em direção a quartéis e prédios públicos, com o objetivo de intimidar a polícia.
Em seguida, eles faziam reféns que serviam de escudos humanos durante o roubo e também para ajudar a quadrilha a quebrar as vidraças e recolher o dinheiro. Depois disso, eles saíam com caminhonetes roubadas na própria cidade e deixavam as vítimas na saída da cidade. Ainda de acordo com o texto, todos eles usavam roupas camufladas de mangas longas, luvas, coturnos e balaclavas.
Em janeiro de 2016, a ação da organização criminosa em São Miguel do Araguaia matou a servidora pública Vivianny Costa Ferreira. Em novembro daquele ano, durante uma tentativa de roubo a um carro forte entre as cidades de Campinaçu e Minaçu, eles foram presos em flagrante, após a instauração de uma operação da Polícia Civil com o objetivo de parar o grupo.