Quatro pessoas são presas por cultivar e vender óleo de maconha em Goiânia
Os produtos eram vendidos ilegalmente pelas redes sociais, a preços que chegavam a R$ 300 por unidade.

Quatro pessoas foram presas suspeitas cultivar e vender óleo de maconha, no Setor Bueno, em Goiânia, na quinta-feira (20/3). Segundo a Polícia, o grupo era responsável pelo plantio, produção e venda ilegal de óleo e shampoo antiqueda à base de cannabis. A venda dos produtos era feita pelas redes sociais e os itens eram enviados para diferentes estados do país.
A operação denominada ‘Oil Green’ – óleo verde, em português – foi realizada pela Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (DENARC), com o cumprimento quatro de mandados de prisão e cinco de busca e apreensão. A investigação começou após a interceptação de encomendas enviadas de Goiânia para outros estados, contendo frascos de óleo de maconha.
A partir disso, foi possível identificar os responsáveis pelo envio que cultivavam e produziam produtos derivados da cannabis em residências. Esses itens eram vendidos ilegalmente pelas redes sociais, a preços que chegavam a R$ 300 por unidade.
Durante as buscas realizadas em um apartamento localizado no Setor Bueno, em Goiânia, os agentes encontraram duas estufas com diversos pés de maconha, além de embalagens, rótulos e produtos prontos para comercialização e distribuição. No local, que contava com um laboratório, além do cultivo, a planta era manipulada para extração do óleo e em seguida envasada para venda.
A investigação revelou que uma das pessoas envolvidas no esquema tinha autorização judicial para o cultivo da planta, que não se estendia para comercializar os produtos. A polícia continua a apuração para identificar outras possíveis pessoas envolvidas no esquema.
Embora a legislação brasileira permita a produção de produtos à base de cannabis para fins terapêuticos e medicinais, essa prática somente pode ser realizada sob controle da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Também é preciso ter autorização dos órgãos de regulação para comércio. A comercialização ilegal desses produtos, de acordo com a PC, coloca em risco a saúde pública, uma vez que não há qualquer controle sanitário sobre sua fabricação.
A investigação revelou que uma das pessoas envolvidas no esquema tinha autorização judicial para o cultivo da planta, que não se estendia para comercializar os produtos. A polícia continua a apuração para identificar outras possíveis pessoas envolvidas no esquema.