Queda da produção industrial em Goiás fica acima da média nacional
Em relação a setembro do ano passado, a queda da produção industrial em Goiás foi de 8,2%
Goiás registrou queda de 2,3% na produção industrial entre agosto e setembro desde ano – índice maior que o registrado nacionalmente. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), realizada pelo IBGE e divulgada nesta quarta-feira (10). Em relação a setembro do ano passado, a queda da atividade industrial em Goiás foi de 8,2%.
Conforme o levantamento, que abrange 15 unidades federativas, as principais quedas ocorreram no Ceará (-4,4%) e no Amazonas (-4%). No entanto, os estados de Goiás (-2,3%), Mato Grosso (-2,2%), São Paulo (-1%), Pará (-0,6%) e Santa Catarina (-0,5%) tiveram recuos mais intensos do que a taxa nacional (-0,4%).
O IBGE aponta que a maior influência na queda geral partiu de São Paulo, que responde por cerca de 34% da produção industrial do país. O setor de alimentos e, em menor escala, o de derivados do petróleo contribuíram para a queda de 1% na comparação com agosto. Porém, de acordo com o analista da pesquisa, Bernardo Almeida, desde agosto de 2020 a flexibilização das restrições contra a Covid-19 reduziu os efeitos da pandemia da covid-19.
“A partir de agosto do ano passado, já temos uma produção mais regularizada. E começamos a perceber as consequências da pandemia para a produção industrial: desabastecimento de insumos, aumento no custo da produção, redução do consumo das famílias por conta de inflação e desemprego. Tudo isso afeta a cadeia produtiva”, afirmou, mas enfatizando que mesmo com a pandemia desacelerando, as consequências persistem.
Produção industrial em Goiás: comparação anual
Se a queda da atividade industrial no estado goiano já foi grande levando-se em conta a passagem do mês de agosto para setembro deste ano, em comparação com o 2020 ela foi ainda maior.
Segundo o levantamento do IBGE, Goiás teve queda de 8,2% na produção industrial em setembro em relação ao mesmo período de 2020. Além dele, foram registradas quedas no Mato Grosso (-8,3%), Pará (-7,9%), Pernambuco (-5,8%), São Paulo (-5,6%), Rio Grande do Sul (-4,4%), e Espírito Santo (-0,2%). Em movimento diverso, Rio de Janeiro (5,3%) e Minas Gerais (5%) tiveram os maiores avanços.