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Quem é Márcio Leite, interventor da Saúde de Goiânia

Profissional é auditor na prefeitura de Aparecida de Goiânia e atua no Cais Cândida de Morais, na capital

O médico Márcio de Paula Leite foi escolhido, nesta terça-feira (10), como interventor do Estado na área da Saúde, em Goiânia. Emergencista no Cais Cândida de Morais desde 2012, ele é conselheiro fiscal do Sindicato dos Médicos do Estado de Goiás (Simego).

O profissional também integrou a gestão técnica de diferentes áreas da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, incluindo a Diretoria de Atenção Primária e Promoção da Saúde e a Diretoria de Atenção Secundária e Urgência e Emergência. Sua trajetória inclui ainda funções como médico auditor na prefeitura de Aparecida de Goiânia e membro efetivo da Câmara Técnica de Medicina de Urgência e Emergência do Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego).

Márcio será uma espécie de prefeito na área da Saúde, em Goiânia, até o fim da gestão de Rogério Cruz (Solidariedade), que termina em 31 de dezembro – sem subordinação. A escolha dele ocorre após consultas ao prefeito eleito Sandro Mabel (UB) e à equipe de transição.

A nomeação do interventor ocorre em cumprimento à decisão do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), que decretou a intervenção estadual na Saúde de Goiânia na segunda-feira (9).

Intervenção

O TJGO determinou, na segunda-feira, a intervenção estadual na Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. A medida, considerada excepcional, foi aprovada após algumas horas de julgamento, que contou com argumentos do Ministério Público de Goiás (MPGO) e da defesa do município, além de um voto detalhado do relator do processo, pelo desembargador Jeronymo Pedro Villas Boas.

A intervenção, que será temporária, busca solucionar a crise no sistema de saúde da capital, marcada por falta de insumos, precariedade no atendimento e denúncias de ineficiência administrativa. A medida ocorre após a prisão do ex-titular Wilson Pollara, uma passagem relâmpago da substituta, Cynara Mathias, que ficou uma semana no cargo, e uma declaração do novo titular, Pedro Guilherme, que em entrevista relatou cenário de calamidade e inviabilidade de pagar contas após um bloqueio de R$ 57 milhões do MPGO.