Quem é o primeiro goiano condenado pelo STF por participar dos atos golpistas em Brasília
Condenação ainda será publicada pelo Supremo Tribunal Federal (STF)
O goiano Marcelo Lopes do Carmo, de 39 anos, foi o primeiro condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por participar da invasão e depredação do Palácio do Planalto, em Brasília. A condenação ainda será publicada pelo órgão. O morador de Aparecida de Goiânia tinha provas guardadas no celular de que tinha participado dos atos antidemocráticos no dia 8 de janeiro.
De acordo com a advogada Taniéli Telles de Camargo Padoan, o goiano não depredou ou incitou depredação. Padoan explicou que Marcelo foi preso apenas com um celular e uma barraca emprestada. A advogada afirmou que vai entrar com um recurso até em tribunais internacionais.
“Ele veio de Aparecida de Goiânia no sábado com essa barraca emprestada, dormiu de sábado para domingo e foi para a manifestação com a barraca para, no final da tarde, após as manifestações, voltar para casa, pois trabalhava na segunda”, disse Padoan.
Marcelo postava vídeos com críticas à política e a ideologia de gênero nas redes sociais. No dia da invasão, o condenado publicou nas redes sociais vídeos dentro do Palácio de Planalto junto dos invasores. Além disso, também havia registros do goiano no local quando as forças de segurança começaram a combater as depredações.
Indiciados
O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Golpistas do Congresso Nacional divulgou que os produtores de soja de Goiás estão na lista de pedido de indiciamento. São eles: Vitor Geraldo Gaiardo, Luciano Jayme Guimarães e Joel Ragagnin.
Conforme a CPI do 8 de Janeiro, os produtores goianos aparecem como membros do Movimento Brasil Verde e Amarelo (MBVA). Eles são suspeitos de financiar as mobilizações que apoiavam Bolsonaro e contestavam o resultado das eleições que elegeram o presidente Lula.
Não foi localizada a defesa de Vitor Geraldo Gaiardo, Luciano Jayme Guimarães e Joel Ragagnin. O espaço está aberto.
Segundo o texto, foi solicitado o indiciamento de 61 pessoas, além do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por incitar, apoiar, financiar e participar dos atos políticos. Entre os acusados estão políticos, empresários, servidores públicos, militares e fazendeiros.