Quem era a empresária que morreu após fazer cirurgia plástica em Goiânia
Fábia Portilho era dona de um hotel em Goianésia. Família denuncia que houve negligência médica e falta de socorro por parte do hospital
A empresária Fábia Portilho morreu após fazer uma cirurgia plástica em um hospital de Goiânia. Ela era dona do Planalto’s Palace Hotel de Goianésia, no centro goiano. Conforme o boletim de ocorrência, ela faleceu após fazer uma mamoplastia e uma lipoaspiração.
A família denuncia que houve negligência médica e falta de socorro por parte do hospital. Fábia foi operada na última sexta-feira (3) e morreu na noite de terça-feira (7), por um tromboembolismo pulmonar gorduroso e choque obstrutivo.
De acordo a ocorrência, a polícia pediu exame cadavérico para verificar a causa da morte da empresária. O caso será investigado pelo delegado Breynner Vasconcelos.
Em nota, o hospital onde ela fez as cirurgias, disse que a paciente se submeteu a dois procedimentos cirúrgicos, no último sábado, e que estava bem até terça-feira. De acordo com o texto, a família da empresária optou pela transferência para outra unidade de saúde. A unidade de saúde ainda informou que irá colaborar com toda a investigação (íntegra ao fim do texto).
Paixão pela vida
Pelas redes sociais da empresária, é possível ver que ela tinha paixão por viagens, pela família, pelo trabalho e por esportes como pilotar motos e participar de encontros de motociclistas.
Em seu aniversário em 2023, Fábia postou um vídeo em viagem e agradeceu pelos momentos ao lado dos amigos e da família: “Meu Deus, já fiz tantos pedidos ao Senhor, mas hoje é dia de somente agradecer. Completo mais um ano de vida com muita alegria por seguir tendo a oportunidade de aprender com o mundo, de conviver com a minha amada família, de ter amigos queridos e de poder sonhar com o meu futuro”.
Amigos lamentaram a morte da empresária, a qual era muito querida, principalmente em Goianésia.
“Descanse em paz minha amiga! Obrigado por ter me permitido cantar no seu último aniversário”, escreveu o cantor Brendon Sales no comentário de uma foto de Fábia.
“Aqueles que amamos nunca morrem, apenas partem antes de nós”, escreveu outro amigo.
Possível negligência
Na quarta-feira (8), a família da empresária denunciou a morte à Polícia Civil. Conforme relato, a empresária realizou as cirurgias na última sexta-feira (3), em Goiânia, e recebeu alta médica no domingo (5). Porém, ela voltou ao hospital na manhã de terça-feira (7) com dores abdominais.
Segundo informações da família, ela teria solicitado internamento, mas a unidade de saúde não teria prosseguido com o atendimento. “Ela chegou gritando de dor”, relata um familiar.
A família da empresária, então, solicitou mudança de hospital, mas, segundo os parentes, houve demora de 3 horas para liberação do laudo médio. A empresária acabou morrendo após o quadro piorar.
O que diz o hospital
Em nota, o Hospital Unique, onde ela fez as cirurgias, disse que a paciente se submeteu a dois procedimentos cirúrgicos, nas mamas e lipoaspiração, no último sábado, e que estava bem até terça-feira. De acordo com o texto, a família da empresária optou pela transferência para outro hospital.
Em resposta às solicitações de esclarecimento por parte da imprensa, a respeito da cirurgia realizada na Sra. Fábia Portilho, o Hospital Unique, inicialmente, expressa seu profundo pesar pelo falecimento da paciente.
A instituição reconhece a gravidade da situação e está empenhada em fornecer todas as informações necessárias para esclarecer os fatos. No entanto, ressalta que ainda é cedo para tirar conclusões definitivas, pois as investigações sobre as circunstâncias do ocorrido estão em andamento e aguardam laudos técnicos e periciais.
O Hospital Unique, representado por seu advogado, reitera seu compromisso com a transparência e a ética, esclarecendo que todas as medidas de segurança e protocolos médicos foram seguidos rigorosamente. Além disso, reforça que não houve qualquer negligência por parte da equipe médica e que o hospital possui toda a estrutura necessária para atender casos complexos.
O hospital orientou os parentes a não realizarem a transferência para outra unidade devido à condição instável da paciente. No entanto, os familiares decidiram pela transferência, argumentando que havia um médico da família trabalhando em outra instituição. Para isso, contrataram serviços de ambulância, embora fossem dispensáveis. O Hospital Unique, em sua recomendação médica, na prudência peculiar, avaliou os riscos envolvidos e aconselhou contra a transferência até a estabilização da paciente. A condição crítica foi comunicada aos parentes, explicando os riscos envolvidos e a necessidade de aguardar a estabilização da paciente para a realização de um exame de tomografia. Mesmo assim, os parentes decidiram prosseguir com a transferência, assumindo total responsabilidade pela decisão.
O atendimento prestado pela instituição incluiu todos os esforços possíveis, como a realização de diversos exames, infusão de sangue e outras intervenções, visando a melhora do quadro clínico da paciente.
O hospital irá colaborar integralmente com as autoridades competentes para apurar as circunstâncias do ocorrido. O Hospital Unique reforça que a segurança e o bem-estar de seus pacientes são prioridades absolutas e que continuará trabalhando incessantemente para assegurar os mais altos padrões de atendimento médico.
A instituição está à disposição para prestar todo o apoio necessário à família e para fornecer quaisquer informações adicionais que se façam necessárias.