REBELIÃO

“Quem governa sou eu”, diz Caiado sobre exigência de presos em Aparecida

Detentos fizeram rebelião nesta sexta para cobrar troca do diretor da penitenciária Odenir Guimarães

Governador Ronaldo Caiado (Foto: Jucimar de Sousa/Mais Goiás)

O governador Ronaldo Caiado (DEM) disse, durante live com o Mais Goiás, nesta sexta-feira (19), que não irá atender a demanda dos detentos da Penitenciária Odenir Guimarães (POG), que realizaram uma rebelião, já controlada neste momento, para a troca da direção. Segundo o governador, as alegações – de que a atual administração tem violado a alimentação e retido alimentos levados pelos familiares, deixando passar somente água e sabão – não procedem.

“Não tem a menor seriedade aquilo que estão alegando. Não falta comida e não há privação daquilo que eles têm necessidade”, declarou e enfatizou: “Quem governa o Estado sou eu. Sou comandante e chefe da minha polícia. Já foi a época que Goiás era comandado por quadrilhas. Bandido não dita ordem no meu Estado.”

Rebelião

Na manhã desta sexta-feira (19), uma rebelião explodiu na POG, em Aparecida de Goiânia. Os detentos acusam a administração da unidade de violação da cobal, com a retenção de alimentos levados pelos familiares.

Em vídeos obtidos pela reportagem até agora, os presos aparecem cobrando a substituição da atual direção da POG, especificamente do diretor Roberto Luís Lourenço. Segundo eles, a administração da penitenciária teria vetado a entrada de alimentos para eles, permitindo apenas sabão e água. “Isso aqui aconteceu por causa do diretor, ele quer oprimir “nóis”, “tamo” dando a resposta. Quis dar sabão pra gente comer. Tão dando tiro de verdade em nós. Também temos família. Cadê os Direitos Humanos? Só passam pano para estuprador, que come o filho dos outros. Estamos reivindicando os nossos direitos”, diz um dos detentos.

“Nossa cobal chegou quarta feira, diretor veio dar sabão pra “nóis” comer. “Tamo” sem banho de sol, nós “quer” só o direito, comida digna, banho de sol. sabonete, pasta dente”, diz outro preso. Um dos presos conseguiu, inclusive, transmitir a rebelião de dentro da cadeia num link ao vivo pelo Facebook. A live foi derrubada quase uma hora depois do início.