“Quero mostrar ao final que fomos bons executores do Pronatec em Goiás”, afirma o reitor da UEG sobre investigações de possíveis irregularidades
O reitor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Haroldo Reimer, falou em coletiva na tarde…
O reitor da Universidade Estadual de Goiás (UEG), Haroldo Reimer, falou em coletiva na tarde desta quinta-feira (28) sobre seu afastamento do cargo na instituição. Ele explicou sobre as nomeações de parentes e amigos do coordenador geral, Marcos Torres, para funções e bolsas no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), e apresentou dados orçamentários da instituição. Além disso, discorreu sobre a atuação da ex-chefe de gabinete Juliana Almada e do marido dela, Antônio Sérgio Fidélis.
O afastamento foi solicitado pelo próprio Haroldo para, segundo ele, focar em sua defesa nas investigações. E também para manter a autonomia da instituição. Isso porque, diante das supostas irregularidades, há brecha para intervenção do governo estadual para nomeação de outro nome para assumir a reitoria.
O pedido do reitor foi votado e acatado de forma unânime pelo Conselho Universitário na última quarta-feira (27). Ele permanece no cargo até 31 de março. Posteriormente Ivano Devilla, atual pró-reitor de pesquisa e Pós-graduação assume o posto, e tomará posse em 1º de maio. Em linha sucessória, o cargo seria da pró-reitora de graduação Maria Olinda Barreto, mas que renunciou por conta da conclusão de um doutorado.
Sobre as nomeações de parentes de Marcos Torres, o reitor afirmou que não acompanhava esta relação de indicação, visto que se trata de uma função mais operacional e de responsabilidade do coordenador. Entretanto disse que está partindo do pressuposto que essas pessoas realmente prestaram serviços. “Tinham competência e realizaram trabalho?”, indaga. “Se a pessoa recebeu e não trabalhou, será aberto processo administrativo e terá que ressarcir o valor”, explica.
Haroldo completou que se pudesse voltar atrás instituiria um comitê gestor para inspecionar os nomes e atividades dos cargos. Disse ainda que não assumiria o posto de reitor, tendo em vista os danos que pode trazer à reputação. “A reputação você constrói ao longo de muito tempo. Quando você a vê sendo abalada, de uma hora para outra, mexe muito com a pessoa”, avalia.
O reitor finalizou garantindo que está aberto para colaborar com as investigações e que ao final pretende mostrar que a UEG foi uma boa executora do programa no Estado.
*Larissa Lopes é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo