Radialista é agredido por ex-vereador em Santa Terezinha de Goiás
Paulo Henrique Porte desferiu tapas em Ailton Batista, enquanto o pai dele, Valdeci Porte, era entrevistado
O Sindicato dos Jornalistas de Goiás (Sindjor) e o Sindicato dos Trabalhadores em Comunicação nos Estados de Goiás e Tocantins (Sindicom) repudiaram a agressão sofrida pelo radialista Ailton Batista, em Santa Terezinha de Goiás. O profissional foi agredido no estúdio da Rádio Clube FM pelo ex-vereador e ex-vice prefeito Paulo Henrique Porte, enquanto entrevistava o pai dele, o ex-prefeito Valdeci Porte. A ocorrência ocorreu na última sexta-feira (7).
Ailton Batista explica que entrevistava Valdeci, quando o filho dele entrou no estúdio sem ser convidado. “Ele me cumprimentou e se sentou ao meu lado.” Com o passar da entrevista, explica o radialista, Paulo – que faz parte de um grupo político rival ao de Valdeci –, disse que “fazíamos uma política suja e que eles fariam a deles. O pai dele, então, pediu silêncio. Depois eu pedi também e ele disse que não faria. Foi quando eu avisei que chamaria a polícia e começaram as agressões”.
Segundo o radialista, neste momento Valdeci foi abrir a porta para o filho sair. Paulo, então, desferiu o primeiro tapa na cabeça de Ailton, que se levanta, toma outro golpe e cambaleia até a porta de saída do estúdio. “O Paulo é um cara tranquilo, então estranhei muito essa atitude”, disse o profissional de imprensa. Ele afirmou, ainda, que o pai do agressor ficou muito assustado e envergonhado com a situação.
Prejuízos e boletim de ocorrência
Segundo Ailton, Paulo quebrou diversos equipamentos da rádio e foi preciso sair do ar por 20 minutos. Ela retornou de forma improvisada e, mais tarde, precisou de novos reparos para continuar. Questionado se houve ferimentos, o radialista disse que, até agora, está com a cabeça doendo. “Se persistir devo retornar ao médico esta semana.”
Ailton foi à delegacia e registrou boletim de ocorrência por crime de lesão corporal. A laudo médico constatou a lesão. O radialista disse que Paulo deixou a rádio para não ser preso em flagrante. O portal teve acesso a boletim, mas não teve sucesso em falar na delegacia da cidade, por meio do telefone informado pela internet. O telefone (62) 3339-6351 chamou até cair em duas ocasiões.
O Mais Goiás não conseguiu o contato de Paulo Henrique Porte. O portal tentou falar, também, com o ex-prefeito Valdeci, pai do suspeito, contudo, o contato caía direto na caixa de mensagens. O espaço permanece aberto para manifestação.
Sindicatos
O Sindjor lamentou o que classificou como “covarde agressão” e cobrou justiça pela ação. Em nota, o Sindicom pede que as autoridades policias investiguem com celeridade a ocorrência.
“É extremamente preocupante a reincidência de atos criminosos contra radialistas e jornalistas no País e, sobretudo, a impunidade que caracteriza a maioria dos casos”, pontuou a nota do Sindicom.