Rapaz que usou primas como escudo humano foi ouvido e liberado no mesmo dia, diz PM
O jovem que fez as primas de escudo humano para se proteger dos disparos efetuados…
O jovem que fez as primas de escudo humano para se proteger dos disparos efetuados contra ele foi encaminhado para a delegacia na data do crime (19 de agosto) e liberado no mesmo dia, segundo informações da Polícia Militar. O rapaz é membro de uma facção criminosa e teria uma rixa com os atiradores, que participam de uma facção rival. Os suspeitos foram até a casa onde ele estava e efetuaram disparos em sua direção, mas atingiram as duas primas do jovem.
Conforme apurado, a facção criminosa a qual o primo das meninas pertence teria ordenado a morte de um integrante da facção dos atiradores. Como forma de vingança, os suspeitos descobriram o endereço do jovem, mas foram informados que ele não estava em casa e sim em outro endereço. Os criminosos foram até a residência das vítimas, no bairro Evelina Nour II, disparam contra o rapaz e fugiram.
Ao perceber que seria atingido, o jovem usou as duas primas, de 5 e 15 anos, como um escudo humano para se proteger dos tiros. Quando viu as meninas feridas, fugiu pelo telhado da residência, mas foi capturado e levado para a delegacia, onde assumiu que usou as primas como escudo e foi liberado.
Irmãs baleadas
Ana Clara Magioto Gonçalves foi baleada na cabeça e morreu no hospital de Goiânia. A irmã mais velha foi atingida na barriga, passou por cirurgia em um hospital da capital e segue em recuperação em uma unidade de saúde de Catalão.
Prisões
Três suspeitos foram presos horas após o crime. Um deles foi liberado por não ter envolvimento direto com o crime, já que sua participação se resumiu em emprestar a moto para os atiradores. Os outros dois permaneceram detidos. O quarto envolvido foi preso na terça-feira (23), em Igarapava (SP). Ele continua na cidade paulista no aguardo da autorização para ser transferido para Catalão.
O Poder Judiciário já decretou a prisão preventiva dos investigados.
Com a morte de Ana Clara, os três, que possuem passagens pela polícia, devem responder por homicídio e tentativa de homicídio.
O Mais Goiás tentou contato com o delegado responsável pelo caso para saber se há possibilidade de o primo das vítimas responder criminalmente pela ação, mas não obteve sucesso. O espaço permanece aberto para manifestação.
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