Educação

Raquel Teixeira teria sido impedida de entrar em colégio ocupado em Anápolis

A titular da Seduce visitou unidades do município para esclarecer alguns pontos sobre a gestão por OS

A secretária de Educação, Cultura e Esporte de Goiás (Seduce), Raquel Teixeira, esteve em Anápolis na manhã desta terça-feira (5/1) na tentativa de estabelecer diálogo com estudantes que ocupam colégios do município em protesto à proposta de gestão por OSs.

Na primeira unidade visitada, o Colégio Polivalente Frei João Batista, ela teria sido barrada na entrada. Segundo a assessoria, o único estudante presente não permitiu que ela e nem a subsecretária regional de Anápolis, Sonja Maria Lacerda, ou a superintendente de Ensino Fundamental da Seduce, Márcia Antunes, que a acompanhavam, entrassem no local.

Na segunda, o Colégio Estadual Jad Salomão, dois alunos saíram da ocupação para conversar com Raquel Teixeira. No entanto, eles não permitiram a entrada do grupo dentro da escola, cuja secretaria está em funcionamento para receber pedidos de transferência e entrega de documentos.

Os dois jovens que controlavam o portão não permitiram a divulgação de imagens ou dos nomes deles e nem informaram o número de colegas dentro da unidade. “Há um bocado lá dentro”, disse um terceiranista. No entanto, a assessoria afirma que “pela pouca movimentação, parecia haver somente mais dois ou três”.

Na ocasião, a titular da Seduce esclareceu que o projeto de gestão compartilhada não tem relação com reordenamento e que não há proposta de fechamento de escolas em Anápolis. Explicou ainda que o projeto não visa a privatização de escolas, mas uma parceria com entidades do terceiro setor (organizações da sociedade civil), que vão ajudar a Seduce a melhorar a qualidade das escolas.

A secretária também fez questão de frisar que a escola vai continuar pública; não haverá cobrança de matrículas, mensalidades, contribuições ou taxas e os alunos terão direito a cotas para acesso às universidades. Já os professores efetivos terão seus direitos assegurados. “Estamos trabalhando para promover o aprendizado dos alunos e facilitar o trabalho dos professores e diretores, vocês podem confiar”, concluiu a professora Raquel, garantindo aos alunos que está disponível para novos encontros.

O MAIS GOIÁS tentou contato com representantes dos estudantes para comentar o assunto, mas, até o momento, não houve retorno.