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Reajuste da data-base aos servidores municipais de Aparecida é anunciado com acúmulo de 2020 e 2021

Reajuste da data-base aos servidores municipais de Aparecida foi anunciado por Gustavo Mendanha após quase…

Reajuste da data-base aos servidores municipais de Aparecida foi anunciado por Gustavo Mendanha após quase dois anos sem atualização salarial. O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (16). O acúmulo da progressão dos últimos três anos segue o índice IPCA e vai alcançar 9,94% de reajuste. Entidades trabalhistas ressaltam que a progressão não constitui em aumento salarial, mas sim uma adequação à desvalorização dos salários frente a inflação do país.

“Ao comprometimento com o servidor público de Aparecida, nós vamos anunciar a data-base de maio de 2019 a maio de 2020 em 9,94%, praticamente 10%, a partir do dia 1º de janeiro de 2022”, disse o prefeito em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (16).

O presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Único de Saúde de Goiás, Ricardo Manzi reitera que o reajuste anunciado por Gustavo Mendanha não se trata de aumento salarial. “A progressão ocorre para equilibrar as perdas e desvalorização do salário do servidor ao longo dos anos de inflação”, pontuou.

De acordo com Ricardo, a conquista da progressão da data-base na área da Saúde em Aparecida foi resultado de luta e negociação. Segundo ele, o reajuste anunciado por Gustavo Mendanha nesta quinta-feira (16), já deveria ter sido pago.

“Dentro das pautas que estávamos negociando com a prefeitura de Aparecida, já tínhamos avançado na aplicação da progressão e o piso nacional que foi aprovado na última terça-feira [14] na Câmara Municipal e deveria ter sido aplicado em janeiro de 2021”.

Ricardo afirma ainda que há outras pautas que os servidores da Saúde municipal tentam negociar com a prefeitura de Aparecida, como a sessão da revisão da tabela salarial, a aplicação da proporcionalidade e a inserção dos servidores do administrativo e dos motoristas no Plano de Carreiras da Saúde.

“Entendemos que todos os trabalhadores que estão lotados na Secretaria Municipal de Saúde têm que fazer parte do plano de carreiras da pasta. Espero que os resultados sejam positivos como foi com a progressão da data-base”, pontuou.

O Comando de Luta da Educação de Aparecida de Goiânia também entende que a data-base se trata de uma correção salarial para acompanhar o aumento do preço dos produtos básicos. “Ela deveria ser um reajuste salarial, tal como está prevista na Constituição. Deveria elevar o salário a mais que apenas a correção inflacionária, valorizando o trabalhador, o que resulta em mais qualidade aos serviços prestados”, diz a professora Márcia Verônica, membro do Comando de Luta da Educação de Aparecida de Goiânia.

Segundo ela, a falta do pagamento da data-base nos anos anteriores se trata de um “total descaso”.

“Estão usando da Lei Federal 173, que corresponde ao congelamento dos gastos, para se livrarem do reajuste, o que é imoral! Sendo que houve muito desvio de verbas, como saiu nos noticiários, que envolve o próprio procurador. Em relação ao abono, entendemos que sua concessão não foi uma benevolência do prefeito, pelo contrário, foi resultado de pressão e ele ainda fez disso um palanque eleitoral. O prefeito deixou os trabalhadores da educação sem nenhuma ajuda durante todo esse período pandêmico e ainda pior, retirou dobras dos servidores, deixando todos sem metade de seu salário nesse período tão difícil que enfrentamos. Ele simplesmente está devolvendo à categoria o que é seu por direito”, diz.