Reconstituição da morte de Danilo é adiada para a próxima segunda
Provável motivo foi a ausência de Hian Alves de Oliveira após a concessão de uma liminar
A reconstituição da morte de Danilo de Sousa Silva, de 7 anos, foi adiada para a próxima segunda (10), segundo informações de Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH). A motivação do adiamento não foi divulgada, mas pode ter sido pela não participação de Hian Alves de Oliveira após liminar concedida pelo juiz Antônio Fernandes de Oliveira, da 4ª Vara de Crimes Dolosos Contra a Vida, na tarde de quinta (6). O comunicado foi feito pelo advogado dele, Gilles Gomes, que chegou momentos antes da reconstituição.
“Ele não foi consultado e não teve a presença do advogado como está tendo agora. O direito de não produzir provas contra si mesmo é para todos. Com o Hian não é diferente. No momento, a presunção de inocência é o que vigora, pois ele está detido, devido a um mandado de prisão preventiva. Ele está acuado e vai se pronunciar em um momento oportuno”, afirma o advogado.
Os policiais ficaram pouco mais de uma hora no local. Estavam presentes pelo menos 55 policiais — 30 da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), dez da Coordenadoria de Operações Especiais (CORE/GT3, grupo tático da Polícia Civil), além de outros dez agentes da Força Nacional e mais cinco peritos do Instituto de Criminalística. Na ação, os investigados pela morte do menino e as testemunhas deveriam participar da reprodução simulada. A polícia considera a técnica essencial para esclarecer a dinâmica do crime.
A Avenida Seringueira, no Parque Santa Rita, foi isolada. Os policiais civis trabalharam na contenção de eventuais conflitos e aglomerações de populares. A imprensa não foi autorizada a fazer imagens ou gravações da reconstituição e teve que sair das proximidades.
Morte
Danilo foi encontrado morto de bruços em um lamaçal no dia 27 de julho, após ficar quase uma semana desaparecido. A perícia constatou que ele morreu por sufocamento.
No dia 31 de julho, a Polícia Civil prendeu o padrasto de Danilo e Hian Alves, de 18 anos. Este confessou ter ajudado o padrasto a matar o menino em troca de uma moto. O padrasto, no entanto, nega a autoria e diz que há armação. Uma testemunha teria visto toda a dinâmica do crime.