Secretária diz que não há previsão de aulas presenciais na rede pública
Presidente da Federação Goiana de Municípios, Haroldo Naves vai além: “Quando voltar, será diferente. Com menos alunos, talvez, inicialmente para aqueles que mais precisam de reforço”
A rede pública não voltará às aulas presenciais tão cedo. A informação foi dada pela Secretária Estadual de Educação, Fátima Gavioli, em reunião remota com cerca de 400 pessoas, inclusive, os presidentes da Associação Goiana de Municípios (AGM) e da Federação Goiana de Municípios (FGM), prefeitos, membros do Conselho Estadual de Educação e Secretários Municipais de Educação. “Não há nenhuma previsão de retorno das aulas presenciais na rede pública. Isso só vai acontecer com base em informações técnicas da Secretaria de Saúde e com a evolução da pandemia. Antes do mês de agosto isso não será possível”, garantiu ela aos presentes.
Haroldo Naves, presidente da FGM, avaliou o encontro positivamente. Ele, que reforça que não há condições, neste momento, de falar em retorno às aulas presenciais, acredita que mesmo quando houver esta volta, não será como era antes. “Quando voltar, será diferente. Com menos alunos, talvez, inicialmente, para aqueles que mais precisam de reforço escolar”, disse ao Mais Goiás.
A reunião tratou das escolas estaduais, mas ele explica que no município onde é prefeito, Campos Verdes, a dinâmica é mesma. “Estamos tentando fazer com que os alunos não percam aprendizado. Onde não tem internet, levamos as tarefas. São quatro pontos de distribuição e na zona rural levamos em mãos. Se não é o ideal, é o possível.”
Questionado sobre para quando espera uma mudança de panorama, Haroldo ainda prevê alguns meses de espera. “Acreditamos que em agosto tenhamos uma curva descendente dos casos desta pandemia”, declara.
Avaliação
Durante o encontro, a Fátima fez uma avaliação sobre as aulas que foram suspensas de forma presencial em março e como estão sendo conduzidas. De acordo com ela, o número de alunos sem acesso aos conteúdos de internet não é grande. Para ela, é crucial o engajamento dos municípios nesse processo para que o calendário escolar seja cumprido. Na ocasião, ela também pediu aos prefeitos que tiverem condições de disponibilizar um psiscólogo para apoiar a comunidade escolar, que o façam.
Além disso, ela falou sobre a manutenção do transporte escolar para a entrega de materiais. “O transporte escolar não pode parar e se isso acontecer eles não vão receber o pagamento”, alertou. Paulo Rezende, o prefeito Paulinho de Hidrolândia e presidente da AGM, disse que “todos os municípios estão dispostos a trabalhar, ajudando nessa luta que é de todos. É importante a atuação conjunta. O que for decidido e orientado pela Seduc será aplicado nos municípios”.
TV
Além da internet, os alunos da rede estadual têm tido acesso, desde segunda-feira (4), ao conteúdo do ano letivo pela Televisão Brasil Central (TBC) e as rádios Brasil Central AM 1270 e RBC FM 90,1, por meio de aulas ao vivo. Estas são elaboradas pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc).
Segundo a Seduc, a rede de estadual de ensino entra ao ar duas vezes por dia, de segunda a sexta-feira. Pela manhã, das 10h às 10h30, com aulas são destinadas às turmas do Ensino Médio; e no período da tarde, entre as 15h e 15h30, com conteúdo do Ensino Fundamental.
(Com informações da AGM)