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Reformulação do transporte coletivo do Entorno avança com adesão de Goiás, DF e União

Grupo de trabalho viabiliza transformação do sistema de transporte coletivo aos moldes do que ocorreu na região metropolitana de Goiânia

Transporte coletivo no entorno do DF em pauta (Foto: Arquivo - Divulgação - Semob)

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deve instituir ainda em janeiro um Grupo de Trabalho formado por representantes do Governo de Goiás, Distrito Federal e a União para discutir os detalhes e parâmetros da reformulação do transporte coletivo no entorno do DF. O colegiado deverá estabelecer as políticas do Consórcio Interfederativo que fará a gestão do serviço na região.

Trata-se de uma mudança de postura do Governo Federal que antes via com resistência a participação no Consórcio Interfederativo para a gestão conjunta do transporte coletivo na região do entorno do DF. Também é um avanço no debate que estabelecerá a reformulação do serviço. 

“O Governo Federal num primeiro momento havia sinalizado que não tinha condição de entrar no Consórcio, mas está avançando. Pode ser que não entre no subsídio, mas pode entrar com a Governança, com a infraestrutura”, destaca a secretária do Entorno do Distrito Federal em Goiás, Maria Caroline Fleury em entrevista ao Mais Goiás.

Entorno do DF: grupo de trabalho deve ser formado ainda em janeiro

O assunto é sonho antigo do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), que, desde o ano passado, tem proposto a formação do Consórcio Interfederativo para reformular o serviço em moldes parecidos ao que tem sido feito na região Metropolitana de Goiânia, onde existe o instrumento da tarifa técnica e a do passageiro.

Isso possibilitaria oferecer serviços como o congelamento da passagem, além da oferta de múltiplas viagens com uma mesma tarifa, tal qual existe em Goiânia. A expectativa da titular é de que o Grupo de Trabalho seja montado ainda em janeiro. 

Reformulação do transporte coletivo: intenção é integrar sistema a exemplo de Goiânia

“Estamos falando de uma integração de verdade. Aqui vamos discutir tarifa única, viagens múltiplas, integração com Metrô. Há vários estudos nesse sentido”, destaca. “A criação do Grupo de Trabalho vai ser o indicativo que o Governo Federal está realmente buscando uma saída para resolver os problemas”, destaca reforçando a mudança de postura.

“O Governo Federal já entendeu o que seria o Consórcio e a importância da região, pensar em projetos para a região. O GDF e Goiás estão alinhadas nessa questão. As bancadas do DF e de Goiás estão alinhadas e motivadas para um entendimento que o Consórcio é necessário”, pontua a titular da pasta. 

Goiás, DF e União discutirão termos de consórcio

O Grupo de Trabalho vai discutir agora os critérios de como o Consórcio será formatado, com as responsabilidades de cada ente. “O que ficou de avançar é a modelagem e nisso eles estão reativos na questão de dividir por três o subsídio, mas entendem que não é só o subsídio. Estamos falando de Governança, da própria questão de estudos e infraestrutura. Vamos ver agora como o Governo Federal vai participar disso”, destaca. 

Para Caroline, o Grupo de Trabalho vai mostrar na prática que a União entendeu seu papel no trabalho e que o debate em torno da reformulação deverá ser acelerado a partir de agora. “É responsabilidade do Governo Federal porque é um transporte interestadual. Ao formar esse grupo de trabalho que estamos bastante otimistas que saia ainda nesse começo de ano será uma demonstração que o Governo Federal entende o que a gente tá falando nessa questão do transporte”, destacou.