Lojas da região da 44 abrem na terça; só 3% das UTIs para Covid estão livres
Lojas voltarão a funcionar a partir da próxima terça-feira (30) e, se os dados da SMS não sofrerem alterações até lá, apenas três UTIs estarão disponíveis
Embora 97% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) destinados ao tratamento da Covid-19 e administrados pelo município estejam ocupados – segundo informações do painel da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os lojistas que trabalham na região da rua 44 continuam decididos a abrir as portas na próxima terça-feira (30). A autorização para abrir foi dada pelo prefeito Iris Rezende no decreto 1.187/2020, assinado no dia 19 de junho.
Na última quinta-feira, a prefeitura colocou à disposição da rede pública de saúde mais 22 leitos de UTI. Mesmo assim, oferta e demanda continuam equilibradas de forma perigosa: no final da tarde desta sexta-feira (26), apenas três leitos estavam disponíveis. A Capital já registra 6.298 casos de coronavírus e 149 mortes. No momento, 211 pessoas estão internadas para o tratamento da Covid-19.
A autorização para funcionamento das lojas da região da rua 44 demorou a sair por se tratar de um polo de confecção que atrai pessoas de todo o País. E continua a ser um assunto polêmico.
Ao Mais Goiás, a secretária municipal de Planejamento Urbano e Habitação, Zilma Campos Peixoto, diz que o estacionamento de veículos está proibido ao longo da Rua 44 e da Avenida Contorno, bem como nas ruas transversais formadas pela ruas 44, 67-A, 302 e a Marginal Botafogo. Essa medida, de acordo com a Zilma, é para evitar alguns ambulantes e feirantes que não sejam da região utilizem os veículos como expositório de mercadorias.
“Quem tiver interesse de vir de carro próprio na região vai contar com dois estacionamentos suficientes para abarcar o contingente de pessoas no local. Em certas ruas, também haverá barreiras sanitárias que limitarão o tráfego a pedestres e moradores locais”, destaca.
Zilma afirma que os lojistas também terão que adotar 23 protocolos que foram discutidos junto a Associação Empresarial da Região da 44 (AER 44). Entre eles, estão a exigência da utilização de máscara, álcool em gel e aferição de temperatura. Além disso, para cada 12 metros quadrados, determinou-se que apenas um cliente seja aceito por vez.
“A única medida que temos para combater a propagação do vírus é o distanciamento social. Por isso, também, estão proibidos os ônibus de excursões na região, mas isso não impede que pessoas de outras cidades, com os carros próprios, venham e façam suas compras”, explica.
Sobre os ambulantes, a secretária destaca que a fiscalização na região será triplicada e afirma que, caso as medidas de segurança não sejam cumpridas, a reabertura pode ser revista. “Contamos com o apoio de cinco secretarias, com a Polícia Militar e a Guarda Civil Metropolitana. Temos certeza que eles terão compreensão pois, em caso de descumprimento, ele pode ter a mercadoria apreendida. E isso, nesse atual momento, é muito ruim, levando em consideração a dificuldade em que essa pessoas estão vivenciando. Porém, caso as medidas não sejam cumpridas, o próprio decreto é claro que a prefeitura pode fechar tudo de novo “, ressalta.