Relembre 10 casos policiais que chocaram Goiás em 2021
Além da dor que cada crime causou às famílias e vítimas, essas histórias revoltaram, chocaram e comoveram toda a população goiana
Em 2021, Goiás registrou centenas de casos policiais ao longo dos 12 meses do ano. Foram muitas histórias que ganharam destaque nas manchetes da imprensa local, mas também chamaram a atenção de todo o Brasil. Além da dor que cada crime causou às famílias e vítimas, essas histórias revoltaram, chocaram e comoveram toda a população goiana, fazendo com que todos exigessem das autoridades justiça por cada vida. Levando em consideração a gravidade dos crimes e a importância de se manter viva a memória das vidas perdidas neles, o Mais Goiás selecionou dez casos policiais que chocaram o estado goiano neste ano que se encerra.
Relembre 10 casos policiais que chocaram Goiás em 2021
1) Mulher pula de prédio para fugir de estupro em Goiânia
A cabeleireira Juliane Lacerda Lima, de 36 anos, pulou do primeiro andar de um prédio para fugir de um assaltante que teria tentado abusar sexualmente dela, em Goiânia. Segundo a cabeleireira, logo após pegar o dinheiro que estava no caixa e os celulares dela e de uma funcionária, o assaltante ordenou que elas tirassem a roupa. Juliane se jogou do prédio, assustando o ladrão, que fugiu deixando os celulares delas e o próprio telefone cair no chão.
“Era a única alternativa que eu tinha. Ele já tinha tirado a roupa da minha funcionária e mandou a gente subir para o outro andar. Quando eu subi, já veio na minha cabeça que eu não poderia deixá-lo fazer mal a mim nem para ela. O que eu pensei foi em pular e pedir socorro. Para nos salvar, eu faria de novo”, disse a mulher.
Imagens das câmeras de segurança do local e de um estabelecimento próximo mostram o momento em que a jovem pula e cai sentada na calçada. Após a queda, Juliane passou por uma cirurgia na coluna e ficou alguns meses sem sentir as pernas. Após realizar meses de tratamento no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Doutor Henrique Santillo (Crer), a cabelereira recuperou a movimentação das pernas e consegue andar.
O suspeito de assaltar e tentar estuprar Juliane e a funcionária dela se chama Felipe Lopes Maia, de 22 anos. Ele foi preso pela Polícia Civil e possui antecedentes criminais por roubo.
2) Mulher morre após ter reação à tinta de cabelo em Catalão
A auxiliar administrativa Karine de Oliveira Souza, de 34 anos, morreu após ter uma reação alérgica severa por conta de uma tinta de cabelo, em Catalão. Ela chegou sofrer uma parada cardiorrespiratória antes de chegar à unidade médica e precisou ser internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas depois de três dias internada, veio à óbito por morte encefálica.
A cabeleireira que atendeu Karine contou que ela era cliente do salão, mas nunca havia pintado o cabelo no local, apenas costumava fazer as unhas e depilação. Karine apresentou uma reação alérgica segundos após a tinta ser aplicada. A cliente disse que começou a sentir um formigamento nas mãos e pediu para o produto ser retirado. Em seguida, ela apresentou falta de ar. Foi quando a cabeleira chamou os bombeiros.
No entanto, a cabelereirera afirma que a vítima sabia de sua condição alérgica e a omitiu à ela. A profissional disse ter usado o produto sem saber que poderia causar danos à saúde da auxiliar administrativa.
O caso foi tratado como “fatalidade” pela investigação, sem indício de crime, em razão da possível negligência da vítima sobre a possibilidade de sofrer alergias. Ela teve, segundo a polícia, reações em atendimentos em outros salões de beleza.
3) Mãe que ateou fogo no filho recém-nascido em Anápolis
Uma jovem de 24 anos foi presa horas depois de atear fogo no filho recém-nascido, em Anápolis. Vídeo feito por câmeras de segurança mostra o momento em que uma mulher chega a um lote baldio e deixa uma caixa de papelão, volta ao carro e pega o álcool e o isqueiro.
O cadáver foi encontrado por moradores da região parcialmente carbonizado. Uma das partes do corpo do bebê que se encontrava preservada era exatamente no local onde havia uma etiqueta com a identificação do hospital e de parte do nome da mãe do bebê.
A mulher confessou o crime e afirmou que tentou realizar aborto, mas não conseguiu. Por isso, escondeu a gravidez de seus familiares e até de seu namorado, acrescentando que amamentou a criança apenas no seu primeiro dia de vida e que não sabia dizer se, no momento em que ateou fogo no corpo do recém nascido, ele estava vivo ou morto.
A Polícia Civil indiciou a jovem por homicídio, após ela ter incediado o corpo do bebê. O laudo cadavérico apontou que a criança foi morta por asfixia, provavelmente provocada pelo fato de a mãe, segundo a polícia, “tê-la envolvido com um cobertor e a colocado no interior da caixa de papelão” antes de abandonar o bebê e atear fogo no corpo.
4) O caso Lázaro
Lázaro Barbosa foi o caso mais comentado de Goiás em 2021. O caso ganhou repercussão após ele ter assassinado uma família em Ceilândia e fugido, fazendo mais vítimas pelo caminho. Estima-se que, além da morte desta família, ele era investigado em mais de 30 crimes.
A caçada por Lázaro durou 20 dias e mobilizou cerca de 300 integrantes de várias forças de segurança em municípios de Goiás, no entorno do Distrito Federal (DF). Mais que isso, a caçada pelo homicída gerou memes, aflição e ansiedade para aqueles que queriam a prisão do sujeito. A comoção era tanta, que o Disque Denúncia chegou a receber quase mil denúncias em 24 horas sobre o caso, mas a grande maioria eram trotes, que dificultavam a localizá-lo.
A procura por Lázaro tomou proporções internacionais e foi repercutida por veículos de comunicação estrangeiros de renome, como a BBC, e outros menos conhecidos como o The St. Kitts & Nevis Observer.
Lázaro morreu a caminho do hospital, em Águas Lindas de Goiás, após ter sido baleado durante confronto. A polícia investigou se ele agia como um jagunço a mando de fazendeiros da região, mas nada ficou comprovado.
Relembre cada parte do caso:
– Quarta-feira (9) – A onda de crimes tem início quando o suspeito invade uma casa em Ceilândia. Lá, ele teria matado o empresário Cláudio Vidal, 48; dois filhos dele, Gustavo Marques, 21; e Carlos Eduardo Vidal, 15; e sequestrado a mãe deles, Cleonice Marques, 43.
– Sexta-feira (11) – Polícia Militar do DF inicia buscas pelo suspeito.
– Sábado (12), à tarde – polícia encontra o corpo de Cleonice Marques. Cadáver estava próximo de um córrego na região de Sol Nascente (DF). Mulher estava nua, de bruços e apresentava cortes na região das nádegas.
– Sábado (12), à noite – Três pessoas são baleadas em uma casa na zona rural de Cocalzinho de Goiás. Suspeito teria forçado vítimas a fazer comida para ele enquanto as obrigava a fazer consumo de drogas. No local, Lázaro supostamente rouba duas armas de fogo e munições.
– Domingo (13), à tarde – Chácara é invadida em Cocalzinho de Goiás. Proprietário encontra imóvel revirado e dá falta do carro, um Corsa vermelho.
– Domingo (13), noite – veículo é abandonado na BR-070, após avistar bloqueio policial próximo à cidade de Edilândia. Suspeito foge à pé, supostamente para região de mata. Investigadores ainda não confirmaram se responsável por abandonar carro é mesmo Lázaro.
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– Segunda-feira (14), manhã – Mais policiais se juntam à operação de captura. Agora, são 210 agentes da PM-GO, PM-DF e Polícia Federal (PF) que atuam para detectar e prender Lázaro. Secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodnei Miranda acompanha os trabalhos in loco.
– Segunda-feira (14), noite – Lázaro pede comida em uma chácara em Edilândia, mas diante da negativa do caseiro atira com uma pistola contra a propriedade. O caseiro, que também estava armado com uma espingarda, revida, fazendo com que o procurado fuja do local correndo a pé.
– Terça-feira (15), tarde – Moradores de uma fazenda em Cocalzinho de Goiás afirma ter avistado Lázaro passando pela propriedade. Desesperados, eles orientam os policiais sobre o caminho que ele seguiu.
– Terça-feira (15), tarde – Três pessoas – uma mulher e duas crianças – foram mantidas reféns de Lázaro Barbosa em uma propriedade rural que fica a 5 km de distância do povoado de Edilândia. Os reféns foram libertados após troca de tiros com a polícia e o suspeito fugiu por um Rio próximo da fazenda.
– Terça-feira (15), noite – Lázaro teria retornado a uma propriedade que invadiu pela manhã em busca de alimentos. O proprietário encontrou a casa revirada e deu falta de produtos alimentícios.
– Terça-feira (15), noite – Secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda diz que equipes estão mais perto de capturar Lázaro e que não deixarão o local sem o suspeito.
– Quarta-feira (16), manhã – Secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda diz que suspeito não agiu nesta madrugada e que o cansaço será a estratégia para capturá-lo.
– Quinta-feira (17), manhã – A secretaria de Segurança Pública de Goiás informou que 20 policiais da Força Nacional vão auxiliar nas buscas por Lázaro, em Edilândia.
– Quinta-feira (17), manhã – Rodney Miranda, Secretário de Segurança de Goiás, afirmou que Lázaro está mais desgastado e cometendo mais erros.
– Quinta-feira (17), noite– Rodney Miranda, Secretário de Segurança de Goiás, confirmou que Lázaro foi visto pelo menos duas vezes e que houve pelo menos um confronto.
– Sexta-feira (18), manhã – Policiais encontraram uma vela de sete dias na região de mata de Edilândia, povoado de Cocalzinho de Goiás. O objeto, com o nome de Lázaro, foi localizado ainda na noite de quinta.
– Segunda-feira (21), tarde – Secretaria recebe quase mil denúncias sobre Lázaro, em 24h, a maioria trote. Além disso, o exército cedeu 40 rádios comunicadores para auxiliar as equipes. Segundo a SSP, cerca fica cada vez mais fechado.
– Terça-feira (22), manhã – Intensificação de barreiras em busca de Lázaro causa fila de carros na BR-070.
– Terça-feira (22), manhã – Um carro é encontrado queimado na região de Girassol.
– Terça-feira (22), tarde – Policiais encontram um lençol e um serrote na região de Girassol, a 4km de Águas Lindas.
– Quarta-feira (23), manhã – Comandante da Rotam explica porque a tropa deixou as buscas por Lázaro, no fim de semana.
– Quarta-feira (23), manhã – A secretaria de Segurança Pública pediu que um eventual advogado de Lázaro procurasse a força-tarefa para negociar a rendição.
Quarta-feira (23), tarde – Disque Denúncia de Lázaro recebe 3,8 mil desde domingo. Polícia diz que há indicativos que suspeito tentou invadir uma casa, na noite de terça.
Quarta-feira (23), noite – Secretaria de Segurança diz que carro encontrado queimado, na terça, possivelmente não tem relação com caso Lázaro.
Quinta-feira (24), tarde – Em grande movimentação, policiais deixam QG em disparada pela região de Girassol. Lázaro teria invadido uma fazenda a 5km do povoado e buscas ocorrem na região.
Quinta-feira (24), noite – Polícia prende duas pessoas suspeitas de ajudar Lázaro a se esconder na região de Cocalzinho.
Quinta-feira (24), noite – Secretário de Segurança Pública de Goiás diz que Lázaro é investigado por ao menos sete crimes violentos antes da chacina do DF.
Sexta-feira (25), manhã – Advogados negam que caseiro e fazendeiro presos ajudaram Lázaro. Eles dizem que a polícia não tem provas do suposto envolvimento dos homens com o caso.
Sexta-feira (25), manhã – Em depoimento, o caseiro Alain Reis dos Santos disse que o fazendeiro Elmir Caetano Evangelista, de 75 anos, deu comida, abrigou e chegou a conversar com Lázaro.
Sexta-feira (25), tarde – Ocorre audiência de custódia de suspeitos de ajudarem Lázaro e o caseiro será solto, informou advogado. Defesa levou roupas extras para o fazendeiro.
Sábado (26), tarde – Força-tarefa recebe estações de rádio usadas na Copa do Mundo de 2014 para auxiliar nas buscas pelo fugitivo.
Domingo (27), manhã – Equipes policiais iniciaram o dia de buscas numa mata próxima à BR-070, em Girassol, após um morador afirmar ter visto o fugitivo.
Segunda (28) madrugada – Denúncia aponta presença de Lázaro em condomínio da ex-sogra, em Águas Lindas
Segunda (28) manhã – Lázaro é encontrado e morto pela polícia
5) Corretor de Itaguaru que morreu após visita à motel em Jaraguá
O corretor de tratores Gleidmar Cândido da Luz, de 35 anos, desapareceu por quase 50 dias após ter sido visto pela última vez saindo de um motel em Jaraguá. Segundo as investigações, Gleidmar saiu de casa em Itaguaru e foi até o motel, em Jaraguá, para usar drogas com outras quatro pessoas, sendo um casal, uma mulher e uma menor de idade.
A polícia investigou transferências bancárias e ligações feitas pelo celular do desaparecido para tentar encontrá-lo e descobriu que uma das ligações teria ocorrido para uma das mulheres envolvidas na ida ao motel.
Durante o interrogatório, três dos suspeitos confirmam que estavam com o corretor no motel, mas negaram envolvimento no seu sumiço. Eles chegaram a ser presos, mas foram soltos logo depois por falta de evidências para o envolvimento no crime.
A moto e o corpo dele foram encontrados em uma mata do município de Jaraguá. Porém, a causa da morte foi inconclusiva pelo laudo e até hoje não se sabe quem foi o responsável pela morte dele. “O segundo laudo do exame necroscópico, saiu, mas infelizmente pelo avançado estado de decomposição do corpo, nós não obtivemos informações que nos auxiliasse nas investigações. A causa da morte foi inconclusiva pelo laudo”, disse o delegado do caso na época.
Gleidmar deixou uma filha de 5 anos, que segundo a família, sente falta do pai. “A filha dele fica falando ‘papai sumiu’, ‘encontrou alguma pista?’. É uma agonia porque a gente não sabe o que aconteceu”, disse a irmã dele ao Mais Goiás.
6) Ariane Bárbara, a jovem assassinada pelos amigos
A jovem Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, de 18 anos, foi assassinada pelos amigos em um ritual satânico, no Setor Jaó, em Goiânia. O objetivo do grupo era descobrir se uma das amigas era psicopata.
Ariane sumiu depois de sair de sua casa, no Setor dos Funcionários, para se encontrar com os amigos no Lago das Rosas. Horas depois, ela telefonou para a mãe, e disse que ia com algumas amigas que lhe pagariam um lanche no Setor Jaó, mas prometeu voltar em algumas horas.
O corpo dela foi encontrado uma semana depois em uma mata, com perfurações de faca. O delegado do caso disse que a jovem foi escolhida de forma aleatória, por ter uma menor compleição física. “Eles estavam de olho em outras prováveis vítimas, mas contaram ter escolhido Ariane porque ela aparentava ser mais fraca”, afirma o delegado.
Entre os acusados do crime estão Enzo Jacomini Carneiro Matos, de 18 anos, Raíssa Nunes Borges, de 19 e Jeferson Cavalcante Rodrigues, de 22 anos. Todos tiveram a prisão temporária convertida em preventiva. Uma adolescente de 16 anos também foi apreendida suspeita de esfaquear e auxiliar no crime.
Um dos presos afirmou à polícia que a autora das facadas “ficou ajoelhada por 10 minutos ao lado do corpo, como se estivesse rezando, numa espécie de ritual satânico”. Os três presos, ainda segundo as investigações, já estariam procurando uma nova vítima.
Jesseir Coelho de Alcântara, juiz da 3ª Vara de Crimes Dolosos Contra a Vida, tornou os amigos de Ariane Bárbara Laureano de Oliveira réus por homicídio qualificado.
7) Ginecologista denunciado por abusar de pacientes
O médico ginecologista Nicodemos Junior Estanislau é acusado de crimes sexuais contra 53 pacientes em Anápolis e Abadiânia. As vítimas relatam o constrangimento que sentiam durante as consultas, ao serem tocadas de maneira inadequada pelo homem. Uma das pacientes relatou que o ginecologista a deitou na maca e, ao invés de coletar o material para o papanicolau, introduziu o dedo em sua vagina e começou a fazer comentários de cunho sexual.
“Ele foi com o dedo na minha vagina e perguntou ‘Você já gozou?’ e disse ‘Já’. Daí ele me perguntou se eu fazia sexo todos os dias, porque eu era ‘apertadinha’”, conta a mulher, que questionou se o exame não seria feito e ouviu do médico que ele ainda não podia coletar o material para análise. Ao final da consulta, Nicodemos ainda teria pedido o número de Whatsapp da mulher para enviar a ela “livros sobre sexo”.
Nicodemos chegou a ser preso preventivamente após muitas ex-pacientes o denunciarem e o caso ganhar repercussão no estado. Porém, ele foi solto pouco tempo depois. Neste período, após a liberdade, o médico disse em uma entrevista que estava apenas brincando. Além disso, o ginecologista ainda chegou a afirmar não ter culpa se as pacientes não ficam excitadas com os parceiros e ocorre de comentarem em casa de terem sido tocadas de maneira “diferente” durante as consultas.
O médico nega todos os crimes sexuais. Mas voltou a ser preso.
8) O caso Wanderson
O jovem Wanderson Protácio, de 21 anos, está preso suspeito de matar três pessoas em Corumbá de Goiás. Segundo a polícia, Wanderson e a namorada, Ranielle Aranha, começaram uma discussão que se acalorou. Ranielle estava grávida de quatro meses e também tinha outra filha, de 1 ano e 8 meses, fruto de outro relacionamento.
Durante a discussão, Wanderson pegou uma faca e matou a gestante degolada. Em seguida, matou a enteada da mesma maneira que a mãe e fugiu. Logo depois, Wanderson foi até a casa do patrão e furtou uma arma e foi até a casa de um vizinho, identificado como Roberto Clemente de Matos.
Segundo a esposa de Roberto, Cristina Nascimento da Silva, o suspeito bebeu um copo de refrigerante e conversou um pouco com o marido dela em tom agradável. Porém, logo em seguida, pegou a arma e atirou contra a cabeça de Roberto. Depois, Wanderson teria tentado estuprar Cristina.
Aos policiais a mulher contou que conseguiu correr, mas, foi atingida por um disparo no ombro. Além disso, foi brutalmente agredida pelo suspeito. A mulher conta que precisou fingir que estava morta para sobreviver.
Logo após matar Roberto e acreditar que a esposa dele estava morta também, Wanderson roubou o carro do casal e fugiu. A caçada por ele durou seis dias e teve fim após invadir uma propriedade rural e ser convencido pela proprietária a encerrar a fuga.
Durante o interrogatório, Wanderson disse que sabia da gestação da sua companheira e que ela fazia acompanhamento pré-natal. Em 2019, ele já havia sido preso por tentativa de feminicídio contra uma ex-companheira, L.S.P., em Goianápolis. Apesar de ter sido preso, a Justiça soltou Wanderson em março deste ano para que ele aguardasse o julgamento em liberdade. Ao narrar os fatos em Juízo, ele riu e afirmou que não se lembrava do ocorrido,
Atualmente, ele continua preso pelo triplo homicídio.