Representantes da Juventude de Goiânia são criticados por falas homofóbicas
A Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Politicas Afirmativas apura o caso
O gerente de Articulações e Ações Temáticas de Juventude da Prefeitura de Goiânia, Ismael de Jesus, e o superintendente da Juventude na capital, Kleber Frank Mendonça, publicaram vídeos e mensagens consideradas homofóbicas no Instagram e estão sendo alvo de críticas na internet. A Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Politicas Afirmativas apura o caso. Uma manifestação em repúdio às falas será realizada na tarde desta quinta-feira, na cidade.
Ismael publicou um vídeo, nos stories do Instagram, em que comenta uma notícia cujo título é “Grupo LGBT recorre na Justiça para tornar réu jogadro que escolheu camisa 25, ao invés de jogar com a 24 na seleção” e sugere perguntas.
Um seguidor comenta: “ser hétero vai começar a ser crime”. Ismael, que é servidor comissionado da Prefeitura de Goiânia, responde: “estou começando a sentir que as coisas estão caminhando para isso também. Eu prefiro ficar preso. Ir para a cadeia. É um absurdo”, diz.
Já Kleber Frank Medonça responde pergunta de um seguidor do Instagram: “Como lidar com uma adolescente de 12 que diz ser bi?”. Ele responde: “com esta idade, ele não tem ainda está percepção, porém pode estar sendo levado pelas modinhas sexuais existentes e desconhecidas por você”.
Ato
Um ato marcado para a tarde desta quinta-feira (8) em frenta à Câmara Municipal pretende repudiar falas homofóficas de servidores em Goiânia. O protesto terá participação da União Estadual dos Estudantes; União da Juventude Socialista; Coletivo Colore e Quilombo, além de outras entidades.
“Estamos nos posicionando e lutando por um estado de direito em que haja respeito, principalmente vindo de pessoas que ocupam cargos como o que esses servidores ocupam. Discursos como esses tem se tornado algo comum de se ver na política, principalmente aqui em Goiás”, aponta Júnior Ferreira, vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) em Goiás.
Em nota, a secretária Municipal de Direitos Humanos e Politicas Afirmativas, Cristina Lopes, diz que irá apurar os fatos e tomar as medidas cabíveis, após entender a situação.
“Homofobia e preconceito não fazem parte da minha história política, onde sempre atuei em defesa dos direitos de todas as pessoas. A Secretaria de Direitos Humanos possui a diversidade que acreditamos e o prefeito Rogério Cruz me deu uma missão que não abro mão: cuidar das pessoas! Goiânia está se transformando em uma cidade que cuida. Sempre em defesa da vida. Contem comigo na construção de um mundo mais justo e igualitário”, diz.
O Mais Goiás tenta contato com os envolvidos.