Imbróglio

Reunião no MPF sobre situação do Hospital Araújo Jorge termina sem solução para a crise

Secretários municipal e estadual de saúde foram convocados para tratar do assunto

A crise do Hospital Araújo Jorge continua sem uma perspectiva de solução. A reunião ocorrida na manhã desta terça-feira (23) na sede do Ministério Público Federal (MPF) terminou sem nenhum acordo que garanta a viabilidade da continuidade dos serviços da unidade.

Segundo a assessoria de imprensa do hospital, a reunião serviu apenas como uma forma de a Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG) apresentar ao procurador a atual situação da instituição. Ficou acertado no encontro que os secretários municipal e estadual de Saúde, respectivamente Fernando Machado e Leonardo Vilela, deverão elaborar, em conjunto com a ACCG, um documento que apresente os motivos para a crise e as medidas que estão sendo efetuadas para saná-la. 

O prazo para a entrega do documento é de dez dias – ou seja, o até o dia 2 de setembro. Com base nele, o procurador Ailton Benedito de Souza vai avaliar possíveis ações judiciais ou a elaboração de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) para resolver o problema.

Convocação

A reunião desta terça foi anunciada na segunda (22), quando o Ailton convocou os secretários municipal e estadual de Saúde para esclarecer os fatos acerca de carta encaminhada pela ACCG sobre as dificuldades pelas quais passa a unidade. O presidente da entidade, Paulo Moacir de Oliveira Campoli, e um técnico representando o Ministério da Saúde e também estiveram presentes.

Durante a reunião, a entidade apresentou uma pauta de reivindicações ao poder público, que inclui a complementação da defasagem dos valores dos procedimentos de transplante de medula óssea; o credenciamento e extensão da habilitação dos leitos da UTI do HAJ pela Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS); o credenciamento do Pronto-Socorro do HAJ à rede municipal dos CAIS; e o estabelecimento de Termo Aditivo ao Plano de Contratualização da ACCG com a SMS, para reajuste de valores dos procedimentos da Oncologia Pediátrica.

A expectativa de Campoli era que fosse firmado um TAC na ocasião, mas não foi isso que aconteceu. “Houve só promessas de cobrar da prefeitura uma atitude sobre esse problema, mas nada foi feito até o momento”, lamenta.