Saiba quem é a jovem que morreu grávida após complicações de dengue, em Goiânia

A jovem Sofia Amorim, de apenas 22 anos e grávida de sete meses, era bem ativa nas redes sociais. Mãe de ‘primeira viagem’, ela compartilhava tudo sobre a gestação com seus seguidores, além de outros conteúdos como maquiagens, viagens, comidas e o forte apego pela família que estava construindo.

Este era o perfil de Sofia, que morreu na última quarta-feira (27) após ser internada com um quadro grave de dengue, em um hospital particular de Goiânia. O bebê também morreu. Segundo relato de uma amiga, que não quis se identificar, a jovem precisou ser entubada no dia anterior à morte.

Ainda de acordo com a amiga, os médicos realizaram uma cesariana de emergência na esperança de salvar o bebê, mas sem sucesso. Ela relata que o neném já havia falecido na barriga da mãe durante a madrugada anterior, mas não foi possível fazer o parto de imediato, porque as plaquetas estavam muito baixas e Sofia poderia perder muito sangue.

A amiga conta que, antes do diagnóstico de dengue, Sofia sentia muita falta de ar, mas todos acharam que poderia ser ansiedade. “Na terça-feira à tarde, constataram que era dengue e foram ‘ouvir’ o pulmão dela, que estava cheio de água. Por volta das 22h, ela foi entubada”, conta a amiga.

Os corpos da jovem e do bebê foram sepultados na manhã desta quinta-feira (28), no Cemitério Vale do Cerrado, em Goiânia.

Dengue em gestantes

Como já adiantado pelo Mais Goiás, o número de casos de dengue em gestantes aumentou 345,2% nas seis primeiras semanas de 2024, na comparação com o mesmo período de 2023, segundo dados epidemiológicos do Ministério da Saúde divulgados no dia 1º de março.

Segundo o ministério, em 2023 foram registrados 1.530.940 casos prováveis no País, com um coeficiente de incidência de 753,9 casos por 100 mil habitantes, o que representa um aumento de 16,5% em comparação com o ano anterior.

Ainda na mesma data, o Ministério da Saúde lançou o Manual de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento da Dengue na Gestação e no Puerpério. O material tem como objetivo orientar os profissionais de saúde com as melhores práticas para o cuidado dessas mulheres, com foco na redução dos potenciais riscos à saúde materna e perinatal.

A elaboração do guia é da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), em parceria com a pasta e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Uma vez infectadas, as gestantes têm maiores chances de apresentar desfechos desfavoráveis em comparação com as não gestantes.