VIOLÊNCIA

Saiba quem é o chefão do crime organizado preso em Goiás

Criminoso havia rompido a tornozeleira eletrônica em maio de 2022 durante prisão domiciliar

Nego Cris em foto de 2014 quando foi preso no RS (Foto: PMRS - Divulgação)

Considerado um dos chefes do tráfico de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Cristian dos Santos Ferreira, 39 anos, foi preso em Catalão, na região Sudeste de Goiás, na última terça-feira (4/6). Segundo informações da Polícia Civil gaúcha, ele vivia uma vida de luxo na cidade e se passava por empresário. O criminoso responde por 9 homicídios.

Apontado pela polícia como um dos criminosos mais influentes que atua no Bairro Bom Jesus, na zona Leste de Porto Alegre, ele é conhecido como Nego Cris. A facção criminosa que ele comanda, conhecida como Bala na Cara, é considerada uma das mais violentas e antigas da cidade.

Chefão do crime gaúcho preso em Catalão estava foragido desde 2022

Ele estava foragido desde 2022 depois de romper a tornozeleira eletrônica. Segundo a Polícia Civil, ele fugiu para Catalão, onde assumiu uma nova identidade e acabou se integrando na comunidade local, frequentando, inclusive, festas.

Além disso, Nego Cris passou a atuar em Catalão como dono de um lava-jato e uma mecânica. Durante o cumprimento de mandados, os policiais encontraram os documentos falsos que ele utilizava para fugir da justiça.

Ele foi preso após policiais da Delegacia de Polícia de Capturas do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Decap/Deic) do Rio Grande do Sul ouvir moradores de Catalão e conseguir localizar a residência e as empresas apontadas como sendo do foragido. 

Segundo o delegado Gabriel Casanova, que investiga o caso, Nego Cris vivia uma vida dupla: continuaria ocupando uma posição de liderança no grupo criminoso enquanto, usando a identidade falsa, investia no comércio local na cidade goiana.

Criminoso tinha paintball para treinar traficantes

Em 2012, Nego Cris foi preso em uma operação em um sítio em Taquara, na capital gaúcha. Na ocasião, de acordo com a Polícia Militar do Rio Grande do Sul, el mantinha um campo de paintball, rigorosamente vigiado, que serviria de local de treinamento de tiro para os “soldados” da facção.

Ele é apontado como o estrategista da facção e teria posição importante nas finanças do bando.