Santa Casa de Anápolis suspende serviços não-emergenciais por falta de equipe médica e medicamentos
Hospital enfrenta grave crise financeira e insuficiência de recursos, afetando atendimento à população
Por Vinícius Marques
A Santa Casa de Anápolis emitiu um comunicado informando a suspensão, a partir desta sexta-feira (26), dos serviços não-emergenciais no Pronto Atendimento Obstétrico. A decisão foi tomada devido à grave crise assistencial por falta de medicamentos, materiais e equipe médica. Paralelamente, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal encontra-se superlotada e não pode mais receber bebês, agravando ainda mais a situação enfrentada pelo hospital.
Além da suspensão das admissões via Complexo Regulador Municipal, a Santa Casa de Anápolis também suspendeu o serviço ambulatorial de coleta de exames laboratoriais.
O hospital também enfrenta outra preocupante situação: a superlotação da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal.
Essa não é a primeira vez que a Santa Casa de Anápolis passa por dificuldades. No final do ano passado, o hospital anunciou que não receberia novos pacientes no início de 2023 devido à insuficiência de recursos. Em resposta à situação, o Ministério Público de Goiás propôs uma ação civil pública contra a Prefeitura de Anápolis e a Secretaria Municipal de Saúde, buscando garantir a continuidade dos serviços prestados aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) na Santa Casa.
A unidade de saúde, que é gerida pela Fundação de Assistência Social de Anápolis (Fasa), enfrenta uma grave crise financeira, que afeta não apenas o atendimento à população, mas também os funcionários, que estão com salários atrasados. A falta de medicamentos para atender à demanda é outro problema enfrentado pelo hospital.
O Ministério Público destaca que a situação atual pode levar ao fechamento da Santa Casa caso o socorro financeiro não seja providenciado em tempo hábil.