Satélites mostram área do Parque das Emas em que o incêndio já foi controlado
Imagens do Corpo de Bombeiros mostram a área do Parque das Emas em que o…
Imagens do Corpo de Bombeiros mostram a área do Parque das Emas em que o fogo já foi controlado pela força-tarefa que trabalha na região. A primeira imagem tem a marcação em vermelho dos pontos em que há chamas a serem combatidas. A segunda imagem traz marcações feitas de amarelo e que indicam pontos que sofreram com fogo desde as 18 horas de sexta-feira (9).
O Parque é responsável por proteger as nascentes dos rios Jacuba e Formoso, afluentes da bacia do rio Paraná. Ao todo, o incêndio já consumiu 30 mil hectares, o que equivale aproximadamente a 43 mil campos de futebol. Os pontos vermelhos mostram que o fogo está próximo das margens do Rio Formoso. A possibilidade de as chamas passarem de uma margem para outra preocupa os brigadistas e bombeiros.
Nas regiões em que o fogo foi debelado, há equipes para impedir reignições.
“Em amarelo estão os focos de incêndio de um período de 24 horas ou mais. Ou seja, referente aos dias anteriores em que o fogo atingiu a região. Em vermelho e laranja são focos mais recentes. Mas, os satélites tem uma imprecisão e por isso não dá para afirmar que é uma área exata, apenas uma estimativa”, explicou o tenente Jonathan Alves Soares.
A operação (batizada como Cerrado Vivo) para debelar as chamas mobiliza 31 bombeiros de Goiás, 15 do Mato Grosso do sul e 51 brigadistas do ICMBio desde a madrugada do dia 11. A força-tarefa conta com o apoio de fazendeiros locais, que enviaram caminhões-pipa. Até ontem, haviam sido utilizados mais de 30 mil litros de água.
Marcos da Silva Cunha, diretor do Parque das Emas, informou ao Mais Goiás, nesta segunda-feira (12), que a maior parte do fogo foi combatida dentro do parque, mas corre o risco de atingir áreas externas, como fazendas e outras áreas de preservação. A causa do incêndio se deu devido à construção dos aceiros. “Nossos dois caminhões deram pane mecânica, o que causou na perda de controle do fogo”, disse.
O diretor diz que os aceiros são trabalhos complicados, mas que precisam ser feitos. “Tem que ser feito o aceiro, se não vem o fogo e queima o parque todo. Essa é uma consequência. O caminhão tinha que tentar apagar o fogo, como passou do brejo, fica difícil o combate manual. O que se pode fazer é tentar fazer um trabalho a noite, com mais recursos. Temos que buscar maneiras de aperfeiçoar, mas é um trabalho arriscado”, revelou.
De acordo com os militares, o tempo seco e os fortes ventos que atingem a região têm dificultado o combate às chamas. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de perigo para todo o estado de Goiás, por conta da baixa umidade do ar. A previsão aponta que o nível deverá oscilar entre 12% e 20% até a próxima quarta-feira (14).
https://www.emaisgoias.com.br/incendio-no-parque-das-emas-ja-destruiu-o-que-corresponde-a-43-mil-campos-de-futebol/