Saúde de Goiás alerta que grávidas são mais suscetíveis às complicações da Covid
Possibilidade de a gestante necessitar de intubação e ventilação mecânica foi 88% maior do que no público feminino geral
A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) tem orientado e pedido que grávidas e puérperas (mulheres com até 45 dias após o parto) sigam uma série de cuidados para evitar a contaminação pelo coronavírus. Isso porque, segundo a pasta, elas são um dos grupos mais suscetíveis às complicações da doença. No território goiano, até 15 de maio deste ano, foram notificados 2.115 casos de Covid-19 em gestantes. Dessas, 52 morreram em decorrência dos problemas causados pelo vírus.
De acordo com a SES, o mencionado grupo merecem mais atenção, principalmente por conta de condições hormonais e fisiológicas de gestação e pós-parto. Além disso, a pasta sinaliza que, com o avanço de novas variantes do coronavírus, houve aumento de casos da doença, com elevação no número de óbitos em todos os grupos de risco, o que inclui grávidas e puérperas. A recomendação é para que este público fique em alerta e redobre os cuidados.
Dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos apontam que a chance de uma grávida infectada pelo vírus ser internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é 62% maior que outras mulheres na mesma faixa de idade. Já a possibilidade de a gestante necessitar de intubação e ventilação mecânica foi 88% maior do que no público feminino geral.
Recomendações
Entre as recomendações essenciais a serem efetivadas pelas gestantes e puérperas, a pasta orienta a manutenção do distanciamento social, prevenindo a exposição ao vírus; a opção pelo regime home-office pelas trabalhadoras grávidas; higienização frequente das mãos; uso de álcool em gel e máscara; realização adequada do pré-natal e a restrição de contatos com pessoas que tenham sintomas de Covid-19.
Se apresentar qualquer sintoma de infecção pelo coronavírus, a gestante deve procurar assistência médica imediata. Os partos cirúrgicos (cesarianas) devem ser evitados, com a opção pelo parto natural (normal). De acordo com orientações do Ministério da Saúde, as gestantes que apresentarem qualquer tipo de comorbidades devem ser incluídas no grupo prioritário para a vacinação. Entretanto, para tal, elas devem receber doses das vacinas Pfizer e Coronavac.
A pasta orienta ainda que todas as mulheres realizem o exame de swab (cotonete) de nasofaringe de RT-PCR no momento da admissão para o parto ou da internação em hospitais e maternidades.