BALANÇO

Seapa estima R$ 181 mi de prejuízos em colheitas devido aos incêndios

Pasta afirma que Goiás responde por 8,2% das queimadas no bioma Cerrado

Seapa estima R$ 181 mi de prejuízos em colheitas devido aos incêndios (Foto: Ênio Tavares)

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) estima prejuízo, em decorrência incêndios em áreas agrícolas, de R$ 181,71 milhões nas colheitas entre o final de julho e setembro de 2024, considerando sete culturas plantadas no período (feijão, cana-de-açúcar, milho, tomate, sorgo, batata inglesa e algodão). Os dados foram divulgados na segunda-feira (23).

Sobre os prejuízos, o documento consta no site da Seapa. Os dados do acumulado até agosto mostram que a área produtiva queimada é de quase 102 mil hectares no Estado. Os municípios mais atingidos são: Itumbiara, Quirinópolis, Gouvelândia, Água Fria de Goiás e Padre Bernardo.

Por região, o Sul de Goiás teve mais de R$ 46,58 milhões dos prejuízos nas colheitas (25,64% do total). Em seguida, estão: Sudoeste (24,82%), Entorno do Distrito Federal (13,6%) e Nordeste (11,45%).

Ainda segundo a pasta, embora Goiás responda por apenas 8,2% das queimadas no bioma Cerrado, atrás de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Tocantins, o Estado tem intensificado o monitoramento de incêndios em áreas agrícolas e as ações de combate ao fogo.

“A secretaria tem realizado campanhas de conscientização sobre a importância da prevenção de incêndios florestais e reforçado os estudos técnicos que demonstram o impacto dessas queimadas sobre o solo e o meio ambiente. Além disso, temos trabalhado em parceria com produtores rurais e entidades competentes, buscando alternativas e estratégias para lidar com esse desafio”, disse o titular da Seapa, Pedro Leonardo Rezende.

Em evento em Brasília, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) afirmou que a “situação está mais controlada em Goiás, apesar das adversidades climáticas, graças a ações como o monitoramento em tempo real e a pronta resposta da Defesa Civil”. Ele informou, todavia, que, na economia como um todo, o impacto pode chegar a R$ 1,5 bilhão até o final do ano.