Crise na saúde pública

Secretária anuncia contratação de 50 pediatras para atender na rede municipal de saúde em Goiânia

Medida é para desafogar o Hospital Materno Infantil. Segundo Fátima Mrué, alguns profissionais poderão começar a atender já nesta sexta-feira (5)

Com o objetivo de sanar a crise que afeta o atendimento na rede municipal de saúde na capital, a secretária municipal da pasta, Fátima Mrué, anunciou que 50 pediatras serão contratados de forma imediata. A medida veio à tona após reunião com promotor de Justiça, Vinícius Jacarandá, o secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino e a diretora do Organização Social que gere o HMI, Rita de Cássia Leal de Souza, para discutir a superlotação do Materno Infantil.

Mrué destacou que os profissionais serão contratados por meio de um edital de chamamento, que foi aberto nesta quinta-feira (4). Segundo a secretária, alguns pediatras poderão começar a trabalhar já nesta sexta-feira (5), caso ocorra a assinatura do contrato. Apesar disso, ela não soube precisar quantos profissionais serão necessários para sanar com o problema.

“Nossa previsão é ter, em todas as sete regiões, atendimento pediátrico 24 horas, pelo menos um pediatra em cada unidade. A medida que eles forem sendo contratados, vão ser alocados nas regiões necessárias. O atendimento pré-hospitalar dos casos mais simples vai ser ampliado a partir dessa nova contratação de pediatras”, explicou.

Apesar disso, Fátima alegou a diminuição do atendimento no Materno Infantil em 2018, se comparado com os anos anteriores. Porém, Rita de Cássia Leal de Souza, apontou que 40% do atendimento é oriundo de pacientes de menor risco e que a maior demanda parte de Goiânia.

A decisão de contratação de novos pediatras já havia sido anunciada pela secretária em outubro do ano passado. Na ocasião, ela destacou que cada unidade 24 horas dos sete distritos contaria com dois pediatras em cada turno. À época, ela ainda pontuou que a contratação chegaria a 156 profissionais. Porém, o atendimento de emergência continuou localizado no Cais de Campinas.

A situação do HMI ficou mais grave após a morte de uma criança de 5 anos, no último dia 29 de março, após ficar horas esperando um leito na unidade. O menino era portador de Síndrome de Down e chegou a ser atendido e medicado no colo da mãe. Horas depois ele teve uma complicação e não resistiu as manobras de reanimação.