Secretaria de Saúde apura se intoxicação alimentar causou morte de professor da UFG
Professor e esposa comeram um salgado de uma lanchonete momentos antes de o docente morrer. Estabelecimento foi alvo de inspeção da vigilância
A Secretaria de Saúde de Goiânia, por meio da Superintendência de Vigilância Sanitária, apura se a morte do professor de medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), Ly de Freitas Fernandes, foi causada por uma intoxicação alimentar. O docente morreu na última sexta-feira (16), em um hospital da capital.
Os relatos da superintendente da pasta, Flúvia Amorim, dão conta de que o professor teria comido um salgado antes de morrer. A lanchonete em que ele e a esposa compraram o produto é alvo de investigação desde sábado (17).
“Recebemos notificação de que a morte pode ter sido causada por uma intoxicação alimentar e iniciamos um protocolo de atuação previsto para estes casos. A esposa dele também se sentiu mal depois de comer o alimento”, disse.
Segundo ela, o primeiro passo foi identificar qual e onde o alimento foi ingerido. Depois de descobrir o local em que o salgado foi adquirido pelo professor, os agentes realizaram inspeção na lanchonete, que não teve o nome divulgado.
No local, foram encontrados produtos com prazo de validade vencido e alimentos com temperatura não ideal. No entanto, de acordo com ela, tais fatores podem não ter relação com a suposta intoxicação.
A equipe já colheu o material da esposa do professor, que comeu o salgado em casa juntamente com o companheiro. “Primeiro fazemos todo o levantamento para depois analisar se é possível ou não concluir que o professor foi realmente vítima de intoxicação alimentar. Tudo está sendo feito conforme o protocolo”, relata.
Outras possibilidades
Apesar da suspeita de intoxicação, a superintendente afirmou que outras possibilidades não foram descartadas. “Descobrimos que o professor possui histórico de dengue recente. Queremos confirmar se o fato tem ou não ligação com a morte”, afirmou.
Ao todo, duas equipes fazem a investigação. Uma é responsável por apurar a intoxicação e realizar inspeção na lanchonete e a outra faz levantamento junto a familiares e ao hospital em que o professor morreu. O objetivo é levantar todas as hipóteses de diagnóstico levantadas sobre a possível causa da morte.
A pasta também aguarda o laudo do Serviço de Verificação de Óbito (SVO). Segundo Flúvia, por se tratar de um procedimento minucioso, não há prazo para que a investigação seja concluída.
A superintende alertou a população para possíveis casos de intoxicação alimentar. Segundo ela, em qualquer suspeita é necessário acionar a Superintendência de Vigilância em Saúde para evitar que novas pessoas passem mal. As denúncias podem ser feitas pelo telefone (62) 3524-1637 ou pelo site da pasta.
UFG
Em nota, a UFG lamentou a morte do professor. “É com enorme pesar que a Universidade Federal de Goiás comunica o falecimento do professor Ly de Freitas Fernandes, no Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da UFG. O médico deixa um legado de dedicação à medicina e à docência”.