Greve

Secretário afirma que excessos na desocupação da SME serão apurados

GCM usou bombas de gás e balas de borracha para retirar manifestantes da sede da SME na noite de ontem (26)

O secretário Municipal de Educação de Goiânia, Marcelo Costa, afirmou nesta quinta-feira (27) que as negociações para o fim da greve de servidores das escolas municipais precisam acontecer em reuniões e não com ocupações e violência.

Na tarde de ontem (26), servidores em greve ocuparam o prédio da Secretaria Municipal de Educação (SME). Horas depois os manifestantes foram retirados do local pela Guarda Civil Metropolitana (GCM), que usou bomba de gás e balas de borracha, deixando servidores feridos.

“Se houve excesso, será apurado. A tentativa de diálogo aconteceu durante três horas e eu pessoalmente tentei negociar com os manifestantes para que eles deixassem o prédio”, afirmou o secretário. Questionado sobre de onde partiu a ordem de desocupação da sede da SME, Costa disse não estava presente quando isto foi definido.

A administração do Município teme novas ocupações. A porta que dá acesso, pelas escaldas, ao 5º e 6º andar do Paço Municipal estão trancadas com barras de ferro. De acordo com a assessoria da Prefeitura de Goiânia, a segurança está atenta para liberar as saídas em caso de necessidade. As portas trancadas são as usadas em caso de incêndio.

Porta do 6º andar do Paço Municipal trancada com uma barra de ferro (Foto: Karla Araujo/ Mais Goiás)

Greve

A greve da categoria começou no dia 11 de abril e tem uma lista de 32 reivindicações relacionadas à carreira, salário e condições de trabalho. Entre elas está o pagamento do piso para os professores, estrutura das escolas e segurança para servidores e alunos. De acordo com o secretário, a prefeitura paga o piso para a categoria.

Costa afirma que a SME vai negociar as reivindicações dos professores e administrativos com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego). Porém, é o Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (Simsed) que está à frente da atual greve. Porém, este sindicato não é reconhecido pelo Município como representante da categoria.

A reportagem do Mais Goiás solicitou esclarecimentos da GCM sobre a desocupação da sede da SME, mas até a publicação não houve resposta.