O secretário de Segurança Pública de Goiás, Rodney Miranda, afirmou que Lázaro Sousa, de 32 anos, suspeito de matar quatro pessoas de uma mesma família no Distrito Federal na quarta-feira (9) passada, ia matar outra família feita refém nesta terça-feira (15), em Goiás.
Em entrevista a jornalistas na noite desta terça-feira (15), Miranda disse que Lázaro fez um casal e a filha reféns na região de Cocalzinho de Goiás, e que a família só não foi morta porque a polícia chegou a tempo. Um policial foi baleado na operação. O secretário revelou ainda que criminoso tem um ritual para atacar as vítimas.
“Ele usou o mesmo modus operandi de sempre. Leva para a beira do rio, manda tirar as roupas e uns ele acaba matando. Hoje teria sido esse o destino dessa família hoje, principalmente depois que ele percebeu que a menina tinha pedido ajuda”, disse o secretário.
A filha do casal conseguiu pedir ajuda a um policial que tinha visitado a chácara na véspera. Policiais civis, militares e rodoviários cercaram a região em busca do suspeito e estão visitando várias residências. A região, segundo o secretário, está toda cercada, e as buscas foram retomadas hoje pela manhã.
“Estamos entrando no oitavo dia, mas se precisar a gente entra no 38º… Só vamos sair daqui com esse sujeito na mão”, afirmou Miranda.
Ao comentar a dificuldade em capturar o foragido, o secretário atribuiu a demora ao conhecimento que Lázaro tem da região.
“Ele é nascido e criado aqui nessa região, é mateiro, sabe se movimentar como ninguém. É um psicopata, não tem o menor valor à vida dele nem à de ninguém. Isso dificulta nosso trabalho. Essa região tem muitas chácaras, casas abandonadas, casas de passeio e uma grande mata fechada. Isso desfavorece quem está perseguindo e favorece quem é da região. Isso é a grande dificuldade nossa e hoje chegamos muito perto”, completou.
Desde sábado, mais de 200 agentes do Distrito Federal e de Goiás participam da força-tarefa para capturar o suspeito. Ontem, em entrevista ao UOL News, o major Rio Branco, subchefe das operações, já havia comentado sobre a familiaridade de Lázaro com a região, o que faz com que ele escape repetidamente dos “cercos” das forças de segurança.
Miranda também criticou o que chamou de informações fantasiosas sobre o caso — como boatos de que Lázaro afirmaria estar “possuído” por um demônio — e que assim que o suspeito for capturado, “tudo será esclarecido”.