Segurança que matou ex-marido de advogada se apresenta à polícia
O segurança que matou o ex-marido de uma advogada, no último sábado (11), em Formosa,…
O segurança que matou o ex-marido de uma advogada, no último sábado (11), em Formosa, se apresentou à Polícia Civil na quarta-feira (15). Ele ficou quatro dias foragido, mas não foi preso. De acordo com o delegado Danilo Menezes, ele confirmou, praticamente, toda a versão que foi contada pela então patroa.
“Ele contou que foi contratado e que não tinha consciência da gravidade que estava a situação dela com o ex-companheiro. Boa parte do depoimento dele bate com o dela e com o vídeo que mostra como tudo aconteceu”, destaca.
No local, existiam oito câmeras. Em uma delas, é possível perceber que Gernandy Carmo de Jesus, de 33 anos, entra na residência da ex-esposa e tem uma breve discussão com ela e com o segurança na garagem do local. Logo depois, é possível perceber os disparos sendo efetuados contra vítima. Devido à violência, a gravação não será publicada.
Danilo ressalta que o segurança afirmou que a contratação aconteceu por intermédio de um amigo em comum e que ele não tinha nenhum envolvimento amoroso com a mulher. O delegado ressalta que, até o momento, detalhes apontam que o relacionamento entre a vítima e a advogada era conturbado. A mulher chegou a destacar sobre uma medida protetiva que tinha contra a vítima, mas não apresentou formalmente o documento. “Vamos verificar no Judiciário sobre a veracidade dessa informação”, destaca.
O delegado ainda destaca que a arma utilizada no crime, uma pistola .380mm, não foi encontrada. A arma não tinha registro e o segurança não possuía nem posse e nem o porte do objeto, segundo Danilo.
O delegado conta que alguns pontos ainda precisam ser esclarecidos e que outras pessoas serão ouvidas até a próxima semana. “Sabemos que, no prazo de uma hora após o crime, quanto ela quanto o segurança fizeram algumas ligações telefônicas. Com isso, convocaremos essas pessoas para ajudar a entender a dinâmica do ocorrido e concluir esse inquérito ainda na semana que vem”, pontua.
De acordo com Danilo, se ficar provado o excesso doloso da legítima defesa, o segurança pode responder por homicídio qualificado por ter usado recurso de dificultou a defesa da vítima.