Seinfra se reúne com Sindilojas-GO para discutir construção de trincheira na Rua 90
Lojistas estão preocupados com o impacto da obra para o comércio. Construção começa em abril
A Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra) realizou, na manhã desta terça-feira (26), uma reunião com o objetivo de esclarecer e apresentar projeto de construção da trincheira no encontro da Rua 90 e a Avenida 136, no Setor Sul.
Participaram do encontro representantes do Sindicato do Comércio Varejista no Estado de Goiás (Sindilojas-GO), Secretaria Municipal de Trânsito (SMT) e o Consórcio BRT.
A trincheira integra a implantação do BRT e foi anunciada pelo titular da Seinfra, Dolzonan da Cunha Mattos, no início de janeiro deste ano. O início das obras, marcado para abril, preocupa lojistas e moradores da região. Eles temem o impacto para o comércio e trafegabilidade no entorno dessa vias.
Por esse motivo, o Sindilojas apresentou, na última quinta-feira (21) um abaixo-assinado com 400 assinaturas de moradores e lojistas preocupados com a construção da obra.
O documento solicita da prefeitura esclarecimentos sobre cada etapa da obra, como desvios e bloqueios no trânsito. A entidade requer ainda informações sobre quaisquer mudanças que não estejam previstas no cronograma original. “O nosso receio é de que a situação da obra do BRT na região Norte se repita”, disse Eduardo Gomes, presidente do Sindlojas-GO
RESPOSTA
Na reunião desta terça, Dolzonan informou que o objetivo da prefeitura é que a construção da trincheira tenha início em abril. A previsão é que a obra custe R$ 10 milhões e fique pronta em seis meses. O secretário confirmou também que nessa mesma frente de trabalho também será feita a pista de rolamento da nova trincheira até a Praça do Cruzeiro.
De acordo com a Seinfra, o projeto do BRT pretende atender 148 bairros de Goiânia e Aparecida de Goiânia com 93 ônibus, sendo 28 veículos articulados e 65 convencionais, em quatro linhas. A expectativa é de que cerca de 120 mil pessoas usem o transporte diariamente, sendo 15 mil no horário de pico. Com o sistema, a velocidade dos coletivos passaria da média de 14 km/h para 28 km/h.
Eduardo Gomes afirmou que não saiu convencido do encontro com a Seinfra. Segundo ele, ainda há muitas dúvidas pendentes em relação à obra. “Esperamos que nas próximas reuniões os empresários e moradores da região, juntamente do Sindilojas-GO, possam ter respostas contundentes. Só assim seremos atendidos no pedido de saber sobre cada etapa do projeto”, concluiu.