Seis pessoas são presas por aplicar golpes na compra de gado em Goiás
A Polícia Civil cumpriu mandados de prisão contra seis pessoas suspeitas de aplicar golpes na…
A Polícia Civil cumpriu mandados de prisão contra seis pessoas suspeitas de aplicar golpes na compra e revenda de gado em Goiás. Dois já estavam presos por outros crimes e comandavam o esquema de dentro da cadeia. Um dos acusados continua foragido.
As investigações indicam que o grupo criminoso aplicava golpes não apenas em Goiás, como também em outros estados do Brasil. Durante a segunda fase desta operação, os agentes civis cumpriram mandados de prisão e também de busca e apreensão domiciliar, sendo que um deles foi cumprido em duas celas da Casa de Prisão Provisória (CPP) de Aparecida de Goiânia.
Entenda o golpe da compra de gado
Segundo o delegado Marcus Cardoso, um dos suspeitos se passava por um produtor rural que queria comprar gado. Ele se apresentava com nome de outros fazendeiros, que não tinham nada a ver com o esquema.
O criminoso negociava a compra com a vítima e a fazia, inclusive, com que ela assinasse um contrato. O documento, no entanto, possuía selos e assasinaturas falsas e havia sido confeccionado por outros membros do grupo criminoso.
O delegado afirma que, em alguns casos, os suspeitos ainda pagavam parte do valor negociado com a vítima. O objetivo era convencer de que era uma negociação segura. Porém, depois de conseguir comercializar os animais, os suspeitos desapareciam com eles.
Marcus Cardoso afirma que o grupo revendia os bovinos em outros estados do Brasil e, assim lucrava com o golpe. O prejuízo ficava para a vítima e para o produtor rural que tinha seu nome usado na negociação.
A investigação e as prisões
A polícia afirma que as investigações deste golpe acontecem há mais de dois meses. Em dezembro de 2021, por exemplo, foi executada a primeira fase da operação. Nela, os agentes civis prenderam em flagrante dois homens suspeitos de envolvimento com o grupo criminoso: Leandro Severino Alves e José Ribamar Pereira Silva.
Através dos dois homens presos, os investigadores descobriram que um terceiro homem, Elson Francisco Santos, liderava a associação criminosa de dentro da cadeia. Elson cumpria pena na companhia de outro envolvido no golpe: Antonio Varela Fernandes Sobrinho.
José Ribamar, que foi preso no mês de dezembro, era responsável por fazer contratos com dados e selo de cartório falso. Com a prisão dele, a polícia também descobriu a participação de Clara Maria Pontes Pereira e Reginaldo Benedito da Silva nesta etapa do esquema.
Durante a segunda fase, a polícia também prendeu Tiago Martins Silva. Ele é suspeito de emprestar sua conta bancária para receber valores ilegais e ainda auxiliar o investigado Leandro nas visitas às fazendas. A função dele era verificar os animais que seriam adquiridos de forma fraudulenta, bem como por procurar pessoas que quisessem comprar os animais produto de crime.
Segundo a polícia, toda movimentação financeira do grupo criminoso foi realizada por homem que ainda não foi identificado. Apesar disso, os investigadores já têm informações de que ele vive em outro estado do país e seguem em busca dele.
No fim desta segunda fase da operação, a polícia ainda prendeu um outro homem por suspeita de tráfico de drogas.
A divulgação da imagem e identificação de Leandro Severino, José Ribamar, Elson Francisco, Antônio Varela, Clara Maria, Reginaldo Benedito e Tiago Martins foi precedida nos termos da Lei n.º 13.869, Portaria n.º 547/2021 – PC, Despacho da Delegada Titular desta unidade, nº 03 DERCR/DGPC- 13550, e do Despacho do Delegado responsável pelas investigações.