CRISE

Sem combustível, servidores precisam usar recursos próprios para fiscalização

Problema quase impediu operação para conter uma invasão, segundo o prefeito eleito, Sandro Mabel

Funcionários públicos bancam custos de fiscalização (Foto: reprodução GCM)

Sem combustível nas viaturas dos órgãos responsáveis, a fiscalização de uma área que estava sendo invadida no Residencial Beatriz Nascimento, em Goiânia, foi viabilizada graças a uma “vaquinha” organizada pelos servidores públicos. Em um vídeo publicado no último domingo (15), o prefeito eleito Sandro Mabel (União) relatou que a falta de combustível nos veículos da prefeitura de Goiânia quase impediu a operação para conter a invasão.

O prefeito eleito comentou que foi alertado pelo vereador Lucas Kitão (União Brasil) sobre uma área que estava sendo invadida no Residencial Beatriz Nascimento. No entanto, as viaturas da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh) e da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) não tinham combustível para realizar a fiscalização.

Mabel destacou que, mesmo após acionar o presidente da Câmara Municipal, Romário Policarpo (PRD), para mobilizar a Guarda Civil Metropolitana (GCM), as viaturas também não estavam abastecidas, resultando na impossibilidade de evitar a invasão.

Segundo Policarpo, foi necessário que os próprios agentes e ele mesmo se juntassem para encontrar uma solução. Eles usaram recursos próprios para abastecer as viaturas e evitar que a invasão acontecesse. Quando as equipes chegaram ao local, os invasores já haviam deixado a área. Este episódio ocorre em meio a uma crise no fornecimento de combustível para a frota da prefeitura, que já afeta diversos serviços, inclusive o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Crise no Abastecimento de Combustível

A crise no abastecimento de combustível das viaturas da prefeitura de Goiânia ocorre, de acordo com a Secretaria Municipal de Administração (Semad), devido a problemas com o contrato firmado com a empresa responsável pela gestão do abastecimento das frotas municipais. A Semad identificou irregularidades, como divergências nos preços do litro de combustível em relação ao que é praticado no mercado.

Essa situação não apenas impediu a realização de fiscalizações, mas também afetou serviços essenciais, como as ambulâncias do SAMU, que ficaram sem condições de operar e, no momento, duas estão sem combustível. O contrato em vigor, que foi estabelecido recentemente, tem valor de R$ 29,3 milhões e tem como objetivo garantir o gerenciamento eficiente do abastecimento das frotas. A Semad disse que está tomando as medidas necessárias para corrigir as falhas e assegurar que o abastecimento seja regularizado em breve.