Sem previsão, Caiado promete salário de dezembro e vale-alimentação a servidores
Governador falou sobre a estrutura da Educação e Segurança. Secretários da Educação e do Governo estiveram presentes no Palácio Pedro Ludovico Teixeira
Em coletiva realizada na tarde desta segunda-feira (28) no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, o governador Ronaldo Caiado (DEM) conversou sobre as novas propostas para educação e sobre o funcionalismo da Segurança Pública no Estado. Estiveram presentes também a secretária de Educação do Estado, Fátima Gavioli, e o secretário de Governo, Ernesto Roller.
O governador afirmou ter assinado o projeto de lei estabelecendo o auxílio alimentação aos servidores do Estado. Foi discutido o atraso salarial referente ao mês de dezembro dos servidores públicos e a reestruturação da segurança pública, com a extinção da terceira classe de soldados da Polícia Militar.
Educação
“A Educação foi desprezada durante anos no estado e nossos alunos não podem pagar pelos crimes praticados anteriormente contra as finanças. Vamos diminuir despesas e aumentar a eficiência. No meu governo não haverá espaço para o mal feito, só transparência. Vou socorrer cada setor o qual passa por uma situação caótica”, afirmou.
Sobre os professores temporários, o governador disse que serão efetivados, e citou os impactos das contratações no orçamento do estado. “Entre comissionados efetivos e temporários, vamos ter impacto mensal de R$ 23.656 milhões, e no ano de 2019 o impacto estimado pela lei de responsabilidade fiscal é de R$ 260 milhões. Em 2020, de R$ 23.652 milhões”.
Caiado afirmou que os salários de dezembro serão pago, mas não deu previsão para quitação dos débitos, e comentou sobre o auxílio. “Todos os professores, independente de sua faixa salarial receberão vale-alimentação. Para os servidores das demais categorias, o benefício será pago para quem recebe até R$ 5 mil. Hoje são 21.131 professores temporários e 19.596 efetivos. Mais de 50% de toda rede de Goiás são profissionais da Educação temporários, vamos trabalhar para mudar essa questão. E volto a dizer, o salário de dezembro será quitado”, pontuou.
A secretária de Educação do Estado, Fátima Gavioli, disse que o professor temporário trabalha tanto quanto o efetivo, e precisa ganhar o piso. “Os temporários os quais tomarem posse em abril, o valor pago sai de R$1.790, para em torno de R$2.400. Vamos corrigir as injustiças, convocar os concursados e colocar Goiás em desenvolvimento”, afirmou a secretária.
Sobre o fechamento de escolas, Gavioli afirmou que não está as fechando, e sim as unindo. “Uno três unidades de ensino em única escola num raio de dois quilômetros de distancia. Dói, é chato, mas isso é economia, e logo veremos os benefícios”, concluiu.
Salário de dezembro
De acordo com o secretário de Governo, Ernesto Roller, o governo irá agir com transparência e seriedade. Sobre a proposta de parcelamento do salário de dezembro, Ernesto alegou não querer “criar problemas em cima de problemas”, por isso o salário de janeiro foi antecipado.
“Dentro do parcelamento proposto, até março quitaremos quase 50% da folha de dezembro. Sabemos do prejuízo do servidor, mas precisamos unir forças. A disposição do estado não permite pagar duas folhas em apenas um mês. Da parte do governo, queríamos dispor de recursos para quitar dezembro no primeiro dia de governo”, afirmou Roller.
O secretário concluiu dizendo que “o governo quer o bem do servidor publico, e vai trabalhar para no futuro não ter mais atraso”.
Terceira classe
O governador expôs ter encaminhado à Assembleia o projeto para reestruturação da segurança pública. “Vou acabar com a chamada terceira classe. São 2.022 soldados da Polícia Militar e 228 do Corpo de Bombeiros. Vamos reestruturar a carreira do escrivão de polícia e agente da polícia civil, um total de 400, e os agentes de segurança prisional e gestão prisional, inicialmente um número de 11″, sublinhou.
Caiado criticou a criação da categoria pelo governo anterior, e alegou que a decisão não tem o menor respeito pela segurança. “A partir de hoje estou reformando toda legislação e extinguindo a terceira classe. Quero dar um salário digno, compatível com o trabalho dos soldados. Peço aos servidores públicos que nos dê esse crédito, não podemos fechar os hospitais ou diminuir trabalho da polícia”, concluiu.
*Fabrício Moretti é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Thaís Lobo