DENÚNCIA

“Sem reação”, diz passageira que viu motorista tocar partes íntimas durante viagem em Goiânia

Uma jovem de 25 anos relata que foi assediada por um motorista de aplicativo durante…

Uma jovem de 25 anos relata que foi assediada por um motorista de aplicativo durante corrida a caminho do trabalho, nesta sexta-feira (10), em Goiânia. Segundo ela, o condutor abaixou as calças e se masturbou durante o trajeto.

“Foi a primeira vez que algo assim aconteceu comigo e ainda estou sem reação. Nunca achei que fosse passar por isso de forma tão explícita”, contou a jovem, assustada.

Por meio de nota, a Uber afirmou ter desativado a conta do motorista denunciado e se colocou à disposição para colaborar com as autoridades com as investigações do caso.

“A Uber defende que as mulheres têm o direito de ir e vir da maneira que quiserem e têm o direito de fazer isso em um ambiente seguro”, acrescentou a empresa.

Motorista de calça abaixada

Por volta das 10h da manhã de sexta-feira (10), a jovem entrava no carro em direção ao trabalho. Ela conta que passou a maior parte do tempo distraída, olhando para o celular e só percebeu o que o motorista fazia quando ele parou em um semáforo.

“Eu entrei no carro cheia de sacola, nem prestei muita atenção no motorista. Respondi o bom dia e depois fiquei distraída mexendo no celular. Em determinado momento da viagem, eu notei que ele estava mexendo muito a mão na região do órgão genital”, disse.

“Eis que reparo melhor na situação e a calça dele simplesmente está abaixada. Na hora fiquei totalmente sem reação”, completou a jovem.

De acordo com a jovem, além de se masturbar, o motorista alterou a rota da viagem. “Os movimentos com a mão na ‘calça’ continuaram e ele ainda alterou a rota, dando voltas desnecessárias”.

Ao perceber o que estava ocorrendo, ela conta teve a ideia de registrar o ocorrido e pedir ajuda a um amigo que a estava esperando no destino. “Quando parei no destino, simplesmente pulei para fora do carro e não consegui falar nada para ele [motorista]”, relatou a vítima.

Após o ocorrido, a jovem entrou em contato com a Uber e afirmou que irá registrar um boletim de ocorrência. “Estou tomando as providências jurídicas quanto a isso, não quero me calar. Mas ao mesmo tempo tenho muito medo”, ressaltou a jovem.

Confira na íntegra a nota da Uber:

“A Uber repudia qualquer tipo de comportamento abusivo contra mulheres e acredita na importância de combater e denunciar casos de assédio e violência. O motorista parceiro teve sua conta desativada da plataforma assim que a empresa tomou conhecimento do episódio. A Uber se coloca à disposição para colaborar com as autoridades no curso das investigações.

A Uber defende que as mulheres têm o direito de ir e vir da maneira que quiserem e têm o direito de fazer isso em um ambiente seguro. Por isso, desde 2018 a empresa mantém o compromisso de participar ativamente do enfrentamento da violência contra a mulher e segue investindo constantemente em conteúdos educativos contra o assédio para motoristas.

Em conjunto com o Instituto Promundo, foi lançado o Podcast de Respeito e mais recentemente a Uber lançou uma campanha educativa de combate ao assédio também em parceria com o MeToo Brasil. Além disso, também em parceria com o MeToo, a plataforma possui um canal de suporte psicológico para apoiar vítimas de violência de gênero.

Segurança é uma prioridade para a Uber e inúmeras ferramentas atuam antes, durante e depois das viagens para torná-las mais tranquilas, como, por exemplo, o compartilhamento de localização, gravação de áudio, detecção de linguagem imprópria no chat, botão de ligar para a polícia, entre outros.”