CRISE NA SAÚDE

Sem repasses da prefeitura de Goiânia, maternidades suspendem procedimentos não emergenciais nesta segunda (18)

As três unidades são responsáveis por mais de 1 mil partos por mês

As três maternidades geridas pela Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da UFG (Fundahc) iniciaram nesta segunda-feira (18) restrição de atendimentos em Goiânia. A entidade presta serviços às unidades de saúde da prefeitura da capital e requer repasses de parte do mês de junho, julho e agosto. Com a restrição, houve a suspensão dos procedimentos e serviços não emergenciais do Hospital e Maternidade Dona Íris, Maternidade Nascer Cidadão e Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara.

A Fundação aponta risco de falta de insumos, materiais essenciais e ausência de profissionais assistenciais, indispensáveis para garantir o atendimento. A entidade ainda aponta não haver perspectiva ou cronograma definido de pagamentos e aguarda retorno da prefeitura para normalizar os atendimentos.

Segundo dados da Fundação, as três unidades são responsáveis por mais de 1 mil partos por mês, mais de 17 mil exames e cerca de 3,4 mil consultas, além de quase 6 mil atendimentos de urgência e emergência.

Na semana passada, a suspensão diante dos atrasos nos repasses foi comunicada ao Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) via ofício. A entidade médica aponta, por meio de nota, que intermediou um acordo entre a Fundação e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para garantir a normalização do atendimento à população ainda em julho.

“Na ocasião, a SMS comprometeu-se a quitar parte dos recursos devidos e a definir um cronograma de pagamentos para evitar novos atrasos, o que não aconteceu, segundo a Fundação”, diz a nota.

O Cremego ainda diz que realiza esforços junto à SMS para sanar o problema, mas sem sucesso. “O Conselho espera que o acordo seja cumprido ainda hoje para que a assistência à população possa ser garantida”, pontua.

O Mais Goiás entrou em contato com a SMS e aguarda resposta.