DESPEDIDA

“Senti paz”, diz mãe após enterro de goiano morto em travessia para os EUA

Após dois meses da morte do goiano Diogo Fernandes de Oliveira, de 36 anos, durante…

Após dois meses da morte do goiano Diogo Fernandes de Oliveira, de 36 anos, durante uma travessia clandestina para os Estados Unidos, a família conseguiu, finalmente, sepultar o administrador de empresas no último domingo (7), em São Luís de Montes Belos, onde ele nasceu. Em entrevista ao Mais Goiás, a mãe dele, Ivani Fernandes, de 56 anos, conta que sentiu “uma enorme paz” ao poder se despedir do filho.

O corpo de Diogo chegou do estado de São Paulo por volta das 3h30 do domingo e, depois, foi levado para São Luís de Montes Belos. Segundo uma familiar, apenas pai, mãe, irmão, cunhada e a noiva o viram pela última vez, já que o rapaz foi velado ao público em caixão fechado.

Por volta das 10h30 do dia 7, completando exatos dois meses da morte, o corpo de Diogo foi sepultado. Para Ivani, mãe do rapaz, o ato significou um “alívio, depois de tanto sofrimento e angústia”. “A partir do momento que ele chegou aqui, que a gente conseguiu fazer o enterro dele, foi uma paz muito grande que sentimos, uma paz que a gente não tinha”, disse.

Luta para trazer o corpo

O Mais Goiás acompanhou a batalha da família de Diogo, desde a morte do rapaz até a vinda do corpo ao Brasil. Ele morreu no dia 7 de dezembro do ano passado quando tentava pular o muro que divide o México e os Estados Unidos. O goiano teria caído de uma altura aproximada de 4 metros e sofrido traumatismo craniano, o que provocou sua morte.

O cadáver ficou em uma funerária em El Paso, no Texas (EUA), aguardando para ser liberado e trazido ao Brasil. No entanto, o alto valor do transporte fez com que a família precisasse de uma vaquinha virtual para levantar o montante. A meta da vaquinha foi atingida na última semana, o que possibilitou o andamento dos trâmites para o traslado.

Desde que foi informada da morte de Diogo, a família lutava para conseguir levantar o dinheiro necessário para trazer o corpo ao Brasil. Na ocasião, uma familiar do rapaz chegou a fazer um apelo pelas redes sociais, pedindo ajuda. Devido ao destaque que a história ganhou, a mulher relata que recebeu ajuda de todas as partes do Brasil e fora dele, o que fez com que a família conseguisse bater a meta da vaquinha virtual.

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