Crime

Sequestro de empresário de Petrolina de Goiás permanece sem solução

O caso de sequestro do empresário Carlos Roberto Martins das Dores (52), de Petrolina de…

O caso de sequestro do empresário Carlos Roberto Martins das Dores (52), de Petrolina de Goiás, segue sem desfecho. Segundo informações da Polícia Civil, até o momento nenhum contato foi feito pela vítima ou criminosos com a família. A última atualização do caso se deu por volta das 12h de segunda-feira (16), quando o caminhão roubado foi encontrado próximo a Brasília.

À frente das investigações, o delegado Valdemir Pereira, da Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic) afirma, por meio de assessoria de imprensa, que o trabalho está em andamento e que detalhes, por enquanto, não serão divulgados.

O sequestro ocorreu entre a noite de domingo (15) e a madrugada de segunda-feira (16), quando quatro homens armados renderam a família em casa, onde, além de roubarem R$ 5 mil e três carros, exigiam a quantia de R$ 400 mil. Segundo a delegada da cidade Carla Portes Poudel, que conduzia o caso até a chegada da Deic, o empresário e a esposa voltavam da igreja e foram recebidos em casa pelos bandidos.

Carlos Filho (20), revela que o pai foi agredido com chutes e ameaças de morte durante a ação. “Ficaram aqui em casa até umas 3h. Reviraram a casa inteira atrás de dinheiro e, como não encontraram, forçaram meu pai a abrir a loja, onde roubaram um caminhão cheio de eletrodomésticos. Na fuga, levaram meu pai como refém”.

Preocupação

A má notícia correu rápido entre os 10.548 (IBGE) habitantes de Petrolina, de modo que população e comerciantes acostumados com a tranquilidade interiorana ficaram assustados e preocupados com a segurança pública da cidade.

Amigo da vítima há mais de 25 anos, o qual também não quis revelar sua identidade, revelou que a família passa por momentos de angústia e ansiedade. “Estive na casa deles ontem, são mais que amigos meus. Fico até sem palavras para descrever a angústia e o sofrimento pelo qual estão passando. Todos estamos aguardando uma resposta, na expectativa de que digam que ele foi solto e que está bem”.

Também empresário, ele revela que a cidade vive um momento de “sensação de impunidade”. “Esá todo mundo assim, a impressão é de que bandidos podem fazer o que quiserem, humilhar, mexer no patrimônio das pessoas e não serem punidos. Estamos numa ansiedade enorme. É pior que um velório, pois não sabemos o que está acontecendo. No entanto, apesar disso, nossos compromissos continuam e se pensarmos demais, ficamos sem comer e beber”.

Outro empresário que não quis se identificar, classifica o momento como “difícil”. “É uma cidade pequena, não temos costume de ver esse tipo de coisa. Fica todo mundo apreensivo, com medo de chegar em casa á noite. A tendência é de que todo mundo passe a ser mais cuidadoso. O caso é um alerta grande de que a cidade não é mais tão tranquila”.

Sem querer divulgar sua identidade, um comerciante de Petrolina afirma que o caso deixou a população assustada. “A gente se preocupa, não temos costume de ver coisa semelhante por aqui, só pela televisão. O pessoal ficou assustado, preocupado e mais cuidadoso”, expõe.